Paraná

Dia internacional da luta contra as barragens

De atingidos por barragens a defensores dos rios, da água e da vida

População atingida por barragens no Brasil chega a um milhão, considerando os últimos 40 anos

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
No Paraná, seis mil pessoas serão obrigadas a deixar suas casas nos próximos anos para construção de usinas hidrelétricas
No Paraná, seis mil pessoas serão obrigadas a deixar suas casas nos próximos anos para construção de usinas hidrelétricas - MAB

A data de 14 de março representa, para os atingidos de todo o mundo, o dia internacional de luta contra as barragens, pelos rios, pela água e pela vida. Foi também nesta data, em 1991, que o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) foi fundado nacionalmente, durante o 1º Encontro Nacional dos Atingidos por Barragens, em Brasília.

Em 26 anos de história, o MAB atua na defesa das populações atingidas por barragem em todas as regiões, denunciando o atual modelo energético, sua sistemática violação de direitos, os abusivos preços pagos nas tarifas de energia e também a privatização de recursos naturais como a água e o petróleo.

Este mês, milhares de atingidos saíram às ruas exigindo a criação de uma Política Nacional de Direito das Populações Atingidas por Barragens (PNAB), além de planos de recuperação das regiões atingidas e da criação de um fundo nacional e um órgão responsável para garantir os direitos.

No Paraná, os atingidos participaram de uma audiência pública no dia 14 na ALEP para reivindicar o cumprimento da pauta entregue aos parlamentares, e também pelo reconhecimento dos direitos das famílias atingidas pela Usina Baixo Iguaçu, na região Sudoeste.

O MAB realizará em outubro deste ano o 8º Encontro Nacional, no Rio de Janeiro, com o tema “Água e energia, com soberania, distribuição da riqueza e controle popular”.

Números

População atingida por barragens no Brasil chega a um milhão, considerando os últimos 40 anos. Somente em Belo Monte foram mais de 40 mil. No Paraná, seis mil pessoas serão obrigadas a deixar suas casas nos próximos anos para construção de usinas hidrelétricas.

Edição: Daniel Giovanaz