Minas Gerais

Agroecologia

“Comida de Verdade” é tema de encontro em MG

Pequenos agricultores discutem a produção de alimentos sem veneno, com respeito à natureza e aos trabalhadores rurais

Brasil de Fato | Belo Horizonte (MG) |
Alimentos produzidos pela agricultura familiar têm valor nutricional “bem maior” que os produzidos pelo agronegócio
Alimentos produzidos pela agricultura familiar têm valor nutricional “bem maior” que os produzidos pelo agronegócio - Paulo Sérgio

A boa agricultura tem mais um encontro em Belo Horizonte. Acontece nos dias 27 e 28 de fevereiro o Encontro Mineiro de Agroecologia, que recebe pessoas de todo o estado para discutir novas formas de produção de alimentos. 
O encontro debate e divulga a agroecologia, que é um conjunto de técnicas para produzir alimentos de forma ecológica, evitando por exemplo, o uso de agrotóxicos e sementes transgênicas. Além de garantir alimento saudável, a agroecologia também se preocupa com o uso consciente dos recursos naturais (solo, água) e com a dignidade dos trabalhadores do campo.
Essa ideia já está em desenvolvimento em muitas comunidades de agricultores familiares. Anna Crystina Alvarenga, secretária executiva da Articulação Mineira de Agroecologia (AMA), explica que o encontro vai reunir estas ações e coletivos que querem praticar a agroecologia como uma das formas de fortalecer os trabalhadores rurais e a sociedade como um todo.
Boa alimentação X agronegócio
Uma das preocupações é também influenciar novos hábitos alimentares. Anna lembra que as verduras, legumes, grãos, frutas produzidas pelos pequenos agricultores têm valor nutricional “bem maior” que os produzidos pelo agronegócio: “o que sugere a garantia de mais saúde, diminuição de doenças crônicas e da obesidade provocada pelo hábito alimentar dos fast foods”, destaca.
O Brasil viu seu índice de obesidade aumentar nos últimos anos. De 2006 a 2016, o número passou de 11% para 18% de brasileiros com obesidade, segundo pesquisa do Ministério da Saúde. Essa situação que pode ter contribuído para o aumento da diabetes, que saiu de 5,5% e chegou a 8,9%, e o aumento da hipertensão, que passou de 22,5% para 25,7%, no mesmo período.
 

Edição: Joana Tavares