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Para comunidade muçulmana no Brasil ataque ao Irã foi "ato terrorista"

General assassinado era considerado exemplo de combate ao terrorismo no Oriente Médio

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Sheikh Hossein Khaliloo, teólogo e líder religioso iraniano
Sheikh Hossein Khaliloo, teólogo e líder religioso iraniano - Foto: Vanessa Nicolav/Brasil de Fato

A morte do general iraniano Qassem Saleimani por um ataque aéreo estadunidense em território iraquiano, realizado no último dia 3 de janeiro, foi recebido com surpresa pela comunidade muçulmana de tradição xiita no Brasil.

Para Sheikh Hossein Khaliloo, teólogo e líder religioso, a ação foi um ato terrorista. “Foi um choque para todos nós. Ninguém estava imaginando que os Estados Unidos iriam atacar uma das pessoas que é símbolo do combate ao terrorismo. [Eles] não têm o direito de matar um general de um país. Com qual interesse? Isso não significa que os Estados Unidos são um país terrorista?”, questionou.

Edevalda Xavier de Lucena, brasileira e muçulmana convertida há mais de 20 anos, reforça a ideia da ação dos Estados Unidos enquanto terrorismo de Estado. “Principalmente para nós muçulmanos xiitas, a perseguição já vem de muito tempo. Porque nós reivindicamos nosso direito de existir, de ter nossa vida tranquila e nós só buscamos a paz. Para nós e para os outros. Eu acho que só evidenciou o que a maioria das pessoas já consegue enxergar, de que lado realmente é o terrorismo”, afirma.

Confira a reportagem em vídeo do Brasil de Fato:

Edição: Vivian Fernandes