Paraná

Coronavírus

No Paraná, sindicatos pedem suspensão imediata de aulas e atividades administrativas

Até agora, governo estadual não apresentou medidas para escolas e universidades.

Curitiba (PR) |
Técnicos criticam decisão de universidades em manter atividades administrativas - Divulgação

Universidades como a UTFPR, UFPR, Unespar e algumas particulares como Positivo, Tuiuti e a PUC-PR decidiram suspender suas aulas. Porém, ainda são poucas as universidades que optaram pela suspensão das atividades. Por isso, sindicatos emitiram notas, nesta segunda feira, 16 de março, reivindicando a imediata suspensão das aulas, bem como dos serviços de atendimento ao público.

A direção estadual da APP Sindicato informou, em nota para a imprensa, que entrou em contato com o secretário estadual de Educação, Renato Féder, solicitando a imediata suspensão do calendário escolar. “Tal medida prende-se ao fato da constatação da importância das medidas preventivas para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus,” diz a nota. A APP Sindicato lembrou também que, em outros casos, como a pandemia de gripe H1N1, em 2009, o calendário foi suspenso sem maiores prejuízos.

Já em Curitiba, a diretoria do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac) foi até a secretaria municipal de Educação para cobrar uma reunião com a secretária, que estava em agenda externa, em comemoração ao aniversário de Curitiba. Na ausência da secretária, a direção do Sindicato se reuniu com a superintendente de Gestão Educacional, Andressa Pereira, que informou que novas diretrizes serão definidas em reunião conjunta entre as secretarias. 

Preocupados com a pouca agilidade em iniciativas por parte das universidades particulares, o Sindicato dos Professores de Ensino Superior também reivindicou a imediata suspensão das aulas. "Tendo em vista que muitos professores e alunos também têm pais, avós e outros familiares em situação de comorbidade já avaliados como situação de risco, o Sinpes vem registrar a tentativa de diálogo com a direção das IES que ainda insistem em manter as aulas,” diz a nota do sindicato.  O sindicato ainda critica que as reitorias da maioria das instituições particulares tenham agendado apenas para quarta feira uma reunião de avaliação.

Sinditest-PR critica decisão das reitorias da UFPR e UTFPR em manter servidores

Logo após o anúncio das reitorias da UFPR e UTFPR, no domingo, 15 de março, de que as aulas de graduação e pós-graduação seriam suspensas, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Paraná emitiu nota criticando a decisão das reitorias em manter as atividades administrativas que dependem da presença dos servidores.  

O Sindtest diz que, “embora as medidas colaborem para diminuir o fluxo de pessoas dentro das universidades, os servidores técnico-administrativos e trabalhadores terceirizados não estão incluídos nessas medidas, o que gera insegurança e risco de contágio, na medida em que esses trabalhadores utilizam sistemas de transporte coletivo e irão manter o atendimento ao público.” A nota ainda informa que o sindicato irá apresentar às reitorias da UFPR e UTFPR a solicitação da suspensão das atividades administrativas executadas presencialmente, em especial aquelas de atendimento ao público, pelo mesmo período da suspensão das atividades acadêmicas.” As reitorias da UFPR e UTFPR informaram em nota no domingo que as normativas sobre o funcionamento das instituições seriam divulgadas ao longo da semana.

Prefeitura anuncia suspensão das aulas

Na tarde desta segunda, a prefeitura de Curitiba decidiu suspender as aulas na rede pública de ensino a partir da próxima segunda-feira (23/3) até o dia 12 de abril, em decorrência da pandemia de coronavírus. Estudantes que faltarem nesta semana (de 16/3 a 20/3) também terão faltas abonadas. A mudança de posição aconteceu após pressão de servidores públicos e sindicatos. 

Governo do estado

Também diante da pressão, o governador Ratinho Júnior (PSD) convocou coletiva de imprensa para o fim da tarde. A expectativa é de que ele anuncie a interrupção do calendário escolar por conta do coronavírus, além de outras medidas para conter a enfermidade.

Edição: Frédi Vasconcelos