Paraná

RESISTÊNCIA

Organizações populares no Paraná se reúnem e planejam ações emergenciais

Unificar ações de solidariedade estão entre as necessidades urgentes no momento

Curitiba (PR) |
A ideia é trocar mais informações e fortalecer as redes existentes de solidariedade - Pedro Carrano

As organizações populares do Paraná, as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, partidos de esquerda, movimentos do campo e da cidade reunidos no chamado Comitê Unificado (criado em 2019), centrais sindicais, caso da CUT, Intersindical, Conlutas, CTB e Força Sindical, sindicatos e mandatos parlamentares voltaram a se reunir no dia de hoje (6).

A ideia do encontro online foi articular ações de solidariedade e a leitura sobre a situação política neste momento. A visualização é de uma crise econômica e sanitária que ainda terá consequências graves e de longo prazo para a classe trabalhadora.

“Quem vai sofrer as consequências do vírus no Brasil são os trabalhadores e as populações das favelas”, resume Ângelo Vanhoni, presidente municipal do PT.

O governo Bolsonaro, por sua vez, é classificado como sem qualquer condição de seguir à frente do país neste momento de enfrentamento ao coronavírus. As organizações colocam o exemplo de que a política de Bolsonaro segue a linha das elites nacionais e internacionais, ao não aplicar de forma contundente a política de isolamento social. As medidas destinadas ao capital financeiro superam os valores destinados às políticas sociais.

Ações

Potencializar as redes de proteção e cuidado com o povo, esse foi um dos principais objetivos da reunião. Organizações como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tem produzido até 1100 refeições para população em situação de rua, em articulação com entidades que realizam projetos sociais, e com o Movimento Nacional da População em Situação de Rua (MNPR). Marmitas são produzidas no sindicato dos Correios (Sinticom) e na sede de ongs e voluntários. 

A ideia agora é trocar mais informações e fortalecer as redes existentes de solidariedade à população dos bairros, áreas de ocupação, em situação de rua e desemprego.

Crítica a governos

Ao lado disso, cobrar do poder público nas três esferas – municipal, estadual e nacional -, medidas de amparo e políticas protetivas aos trabalhadores. Uma das participantes da reunião foi a vereadora Professora Josete (PT). O outro o deputado estadual Goura (PDT). A ideia é pressionar mais governo do estado e prefeitura da capital.

“Rafael Greca liberou míseros R$ 70 para estudantes da rede municipal, o que significa 0,02 por cento do superávit da prefeitura em 2019. Temos que pedir muito mais, temos que exigir cada vez mais que haja proteção aos trabalhadores”, afirma Wagner Argenton, integrante do Sindicato dos Professores Municipais (Sismmac).

O governador Ratinho Jr, por sua vez, é criticado pelas ações apenas pontuais. “Temos que repudiar a ausência do secretário de saúde do Paraná e municipal, repudiar a ausência de medidas da prefeitura da capital e do governador do estado. Parece que querem que a doença se agrave”, critica Vanhoni. E complementa: faltam ações para dar condições aos trabalhadores da área de saúde.

Edição: Pedro Carrano