Paraná

DEMOCRACIA

Contra o fascismo, organizações populares convocam voto em Chapa 2 na eleição da UFPR

"A UFPR é uma referência nacional em estudos científicos sobre testagem e detecção do vírus"

Curitiba (PR) |
Frente ampla aponta a necessidade de uma reitoria que respeite democracia, autonomia universitária e a ciência
Frente ampla aponta a necessidade de uma reitoria que respeite democracia, autonomia universitária e a ciência - Giorgia Prates

As eleições que acontecem na Universidade Federal do Paraná (UFPR), entre 1 e 2 de setembro, colocam uma polarização na sociedade, entre a Chapa 1, encabeçada pelo professores Horácio e Ana Paula, totalmente identificados com o bolsonarismo, e a Chapa 2, encabeçada por Ricardo Marcelo e Graciella, consideradas candidaturas preocupadas com o processo democrático. Esta leitura é a realizada pelo Comitê Unificado de Lutas, organização que aglutina um raio amplo de sindicatos, grupos de base, partidos de esquerda e movimentos populares. Confira abaixo a íntegra da nota de apoio:

"Nas eleições pra reitoria da UFPR, em defesa da democracia, da autonomia universitária e da ciência o Comitê Unificado de Lutas chama voto à Chapa 2

Nas eleições que acontecerão no dia 01 e 02 de setembro na UFPR, dois projetos antagônicos estão disputando a vaga para a reitoria da UFPR.

O projeto da Chapa 1, representada pelos professores Horácio e Ana Paula, desde o início da campanha questiona o processo democrático de escolha, que é construído a mais de 30 anos pelas organizações dos técnicos (as), professoras (es) e estudantes. Em nenhum momento estas candidaturas afirmaram que respeitarão os votos da comunidade acadêmica, se dispondo a cumprir um papel de interventores do Governo Federal na UFPR, ou seja, um projeto autoritário que observamos recentemente na UFRGS, em que o terceiro colocado foi nomeado interventor.

Na atual situação de pandemia, que já matou 120 mil pessoas em nosso país, os candidatos da Chapa 1 disseminam discursos anticientíficos (obscurantistas), corroborando com a irresponsabilidade de muitos governantes que fazem a defesa de medidas charlatanistas, como o uso de vermífugo e cloroquina para combater os efeitos da COVID 19. Realizam uma campanha muito mais interessada em agradar o Governo Federal do que a comunidade acadêmica.

Do outro lado, temos o projeto apresentado pela Chapa 2, representado pelos professores Ricardo Marcelo e Graciella. Essas candidaturas, desde o início, se prontificaram a respeitar o processo de escolha e retirar seus nomes em caso de derrota, respeitando os votos da comunidade acadêmica. Portanto, fazem a defesa da democracia e autonomia universitária como um princípio. A Chapa 2 defende um projeto de universidade pública e gratuita, com investimentos na assistência estudantil, referenciada na produção científica, no combate ao charlatanismo.

Um marco foi a criação da Superintendência de Inclusão e Diversidade (SIPAD), em 2017, o que reforça o compromisso da UFPR com as políticas universais de inclusão e diversidade, – um esforço indispensável para promover o protagonismo de setores historicamente marginalizados.

A UFPR é uma referência nacional em estudos científicos sobre testagem e detecção do vírus, na política de isolamento social através do trabalho remoto, nos investimentos em EPI´s e testagem em massa para os trabalhadores do CHC.

Nesse sentido, compreendemos que não existe outro caminho a se tomar por este Comitê Estadual pra inviabilizar um projeto autoritário de universidade embalado pelo Governo Federal, se não convocar os trabalhadores e trabalhadoras da UFPR a votar na Chapa 2.

PT-PSOL-PCdoB-Consulta Popular- CUT -CTB – APP-Sindicato- União Paranaense de Estudantes (UPE)-UPES-UJS-Rede de Mulheres Negras-Coletivo Em Frente – Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) – Liga Brasileira de Lésbicas (PR)-Rede Nacional de Ativistas e Pesquisadoras Lésbicas e Bissexuais, Centro Cultural Humaitá, Grupo Afrovida (Cascavel), Coletivo Sorriso Negro dos Campos Gerais e dezenas de outras entidades…"


 

Edição: Pedro Carrano