Rio de Janeiro

PROCESSO

Após "ordem de despejo", Witzel deixa residência oficial do governo do RJ

Governador afastado afirmou em nota que pedido foi incluído em relatório de impeachment "de forma ilegal"

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Palácio Laranjeiras
Residência oficial do governo fluminense deve ficar vazia, já que governador em exercício, Cláudio Castro, não vai morar lá - Divulgação

O governador afastado Wilson Witzel (PSC) e sua família deixaram neste domingo (8) o Palácio Laranjeiras, residência oficial do governo do estado do Rio de Janeiro, e voltaram para a casa no Grajaú, na Zona Norte da capital fluminense. Na semana passada, o Tribunal Especial Misto que julga o impeachment de Witzel decidiu que ele desocuparia o palácio.

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Em nota à imprensa nesta segunda-feira (9), a assessoria de Witzel, afastado do cargo desde agosto pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), disse que ele permaneceu no Palácio Laranjeiras "seguindo orientações de segurança". O governador afastado afirmou também que a desocupação da residência foi incluída "de forma ilegal" no relatório da denúncia sobre seu impeachment.

"O relator prometeu um julgamento imparcial e técnico, mas incluiu de última hora a desocupação, impedindo a defesa de Witzel de atuar. O governador lembra que nem no processo da ex-presidente Dilma tal solicitação absurda foi feita", reclamou Witzel a respeito do parecer elaborado pelo deputado Waldeck Carneiro (PT), eleito relator pela comissão mista.

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A nota da assessoria afirma, ainda, que o tribunal misto composto por deputados da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e por desembargadores do Tribunal de Justiça do estado, "não está acima da jurisdição dos Tribunais Superiores". "O governador e sua família sempre preferiram residir em seu imóvel familiar. Apesar da ordem ilegal, o Laranjeiras não será mais utilizado durante o afastamento de suas funções".

Edição: Eduardo Miranda