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Coluna Esportiva | Cruzeiro (MG) | O caos é um projeto

Meia dúzia de dirigentes não podem decidir o futuro de uma instituição que pertence a milhões

Belo Horizonte |
O ano de 2020 foi perdido, pois não avançamos na recuperação da equipe - Bruno Haddad / Cruzeiro

Salve, nação celeste!

A fatídica temporada 2020 está oficialmente encerrada. O planejamento para a temporada 2021, que já aparece na próxima curva, deve começar de imediato. Infelizmente, o que menos pesou para nossa permanência na série B foi o chamado campo e bola. E parece que pouca coisa deve mudar na próxima temporada. 

A diretoria, no último ano, se preocupou mais em parcelar dívidas milionárias - em certo sentido, é o que deveria ter sido feito - mas se esqueceu de ser propositiva e, de fato, se preocupar com os aspectos dentro de campo. E, aí, foram quatro diretores de futebol, quatro treinadores e a tradicional saída para salvar a lavoura: a contratação de um técnico medalhão. Pelo menos a saída conservadora colheu algum resultado, pois, diante de todo o caos em que a diretoria conseguiu apenas aparar arestas, Felipão teve seus méritos para (vejam a situação, amigos) se manter na segunda divisão.

O ano de 2020 foi perdido, pois não avançamos em nada na recuperação da equipe. A saída fácil em transformar o Cruzeiro em clube empresa, que parece ser do agrado da direção, passa ao largo do interesse de boa parte da torcida. Meia dúzia de dirigentes não podem decidir o futuro de uma instituição que pertence a milhões de torcedores. 

Caso a intenção seja contar com o projeto de lei que tramita no Senado para salvar o Cruzeiro, o mínimo que deveria ser feito era colocar a questão com mais transparência para os que são donos do Cruzeiro. Caso contrário, os torcedores mais ligados têm mais do que o direito de achar que o caos é mais do que circunstância, é também um projeto. 
Saudações celestes!

Edição: Wallace Oliveira