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Papo Esportivo | O apito tirou o tri

Coelho venceu o Avaí e ficou com o vice-campeonato

Belo Horizonte |
É triste terminar um campeonato tão bem disputado com as reclamações ofuscando as comemorações. - Mourão Panda

Apenas um gol. Foi o que faltou para o América subir em 2019 e para ser tricampeão da Série B na atual temporada.

Esse é o modo mais simples de descrever a sina americana, mas também o mais resumido, que deixa de fora outras influências determinantes. No caso desse ano, essa influência determinante foi, sem sombra de dúvida, a arbitragem, como bem esbravejou o técnico Lisca em sua entrevista após o jogo final contra o Avaí. “Vocês decidiram o campeonato para um time com erros em cima de erros”, disparou.

De fato, a atuação da arbitragem tanto nesse jogo final do América, dando um pênalti inexistente para o Avaí aos 4 minutos de jogo e validando um gol impedido, como no jogo da Chapecoense, assinalando um pênalti forçado aos 48 do segundo tempo, foram a expressão final e definitiva dessa sucessão de erros que “coincidentemente” sempre prejudicaram um dos dois postulantes ao título e beneficiaram o outro. 

E a manifestação mais explícita dessa estranha coincidência talvez nem tenha sido nessa rodada final, mas no próprio jogo entre América e Chapecoense há algumas rodadas, quando o Coelho teve um gol nitidamente legal, no último minuto, anulado por impedimento pela arbitragem. 

E soma-se a isso os outros seis gols mal anulados em outras rodadas e a trágica atuação na última derrota do América na Série B, contra o Cruzeiro, na longíncua 25ª rodada.

Coelho teve um gol nitidamente legal, no último minuto, anulado por impedimento

Se foi coincidência, despreparo, ruindade, má vontade contra o América ou azar, nunca saberemos, mas é realmente triste terminar um campeonato tão bem disputado pelo Coelho - e com a conquista mais importante, que é o acesso - com as reclamações ofuscando as comemorações.

Mas vida que segue. A luta para se tornar um time reconhecido e respeitado é árdua, ainda mais nesse cenário brasileiro de tantos beneficiamentos obscuros e falta de profissionalismo. 

Ao chegar às semifinais da Copa do Brasil como fez nessa temporada e ao ter um técnico que não tem medo de falar verdades e apontar o dedo, o América dá mais alguns passos nesse tortuoso e injusto caminho.

Edição: Wallace Oliveira