Rio Grande do Sul

LINHA DE FRENTE

No Dia Internacional da Mulher, sindicato prestará homenagem a vidas perdidas

Na próxima segunda-feira (8) o Sindisaúde-RS promove ato em homenagem às trabalhadoras vítimas da covid-19

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Sindicato estima que foram perdidas entre 15 e 20 vidas de mulheres ligadas ao sindicato dirante a pandemia - Foto: Michael Dantas/AFP

Dia 8 de março, além de resgatar a história do surgimento da luta das mulheres, será o dia para homenagear as mulheres da área da saúde que perderam suas vidas no combate à covid-19. É com esse objetivo que o Sindisaúde-RS estará no Largo Glênio Peres, no centro de Porto Alegre, às 8h desta segunda-feira, Dia Internacional da Mulher.

Segundo explica Claudete Rodrigues Miranda, técnica de enfermagem do Grupo Hospital Conceição (GHC) e vice-presidente do Sindisaúde-RS, além de relembrar a história do Dia Internacional da Luta das Mulheres, o ato "vai lembrar de que nós, nesse momento, trabalhadoras da saúde, passando esses últimos 12 meses, estamos na linha de frente convivendo com a adversidade da nossa vida. E não teríamos como fazer isso, homenagear as mulheres em vida, e deixar as vidas que foram perdidas durante esse período. Nossas colegas que trabalharam uma vida toda, pessoas que estavam há anos na enfermagem, outras nem tanto, mas que estavam lá fazendo aquilo que gostavam e que perderam as suas vidas".

Para a homenagem, evitando aglomeração, a diretoria da entidade estará com as vestimentas brancas que têm caracterizado os atos do sindicato em meio à pandemia. Uma estrutura simples será levada ao local, onde serão exibidos os nomes de algumas dessas trabalhadoras.

O ato também servirá para chamar atenção da população de que as trabalhadoras e trabalhadores da saúde não desejam só palmas, mas reconhecimento e respeito. A dirigente pontua que se a pandemia mudou a rotina das pessoas, para quem está na linha de frente a mudança foi mais significativa, redobrando os cuidados.

“É uma escolha entre vida e morte. Essa escolha que,  por exemplo, a Mara Rúbia, primeira trabalhadora do RS que perdeu sua vida, colega nossa no GHC (Grupo Hospitalar Conceição), não pôde fazer. Ela só escolheu cuidar do outro, e cuidar do outro é estar suscetível perder a sua vida”, desabafa, dizendo que no ato cada um dos manifestantes carregará o sentimento e história de todas as mulheres que passaram por esse período.

De acordo com a dirigente, a estimativa é que no estado tenha se perdido de 15 a 20 vidas de mulheres ligadas ao sindicato.


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Edição: Marcelo Ferreira