Rio Grande do Sul

AGROECOLOGIA

MST comemora virtualmente a 18ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz Agroecológico

O ato ocorre nesta terça-feira (30) nas redes sociais oficiais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Na safra 2020/2021, os sem terra estimam colher 12,4 mil toneladas de arroz orgânico - Tiago Giannichini

Para celebrar a colheita de mais de 12,4 mil toneladas de arroz agroecológico, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra vai realizar um ato virtual nesta terça-feira (30), às 14 horas, nas redes sociais oficiais do MST. Participam da celebração integrantes do movimento e convidados como Manuela D'Ávila, o deputado estadual Edegar Pretto, o presidente da CUT-RS, Amarildo Pedro Cenci, e Frei Vilson Dallagnol, da Comissão Pastoral da Terra (CPT).

Atualmente, o MST é o maior produtor de arroz orgânico da América Latina, segundo o Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz). Em todo o estado a produção do alimento é feita por 389 famílias, em 12 assentamentos, que se dividem em 11 municípios gaúchos das regiões Metropolitana, Sul, Centro Sul e Fronteira Oeste.

As cooperativas do Movimento que fazem parte da produção são: a Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (Cootap), Cooperativa de Produção dos Assentados de Tapes (Coopat), Cooperativa de Produção Agropecuária Nova Santa Rita (Coopan), e mais cinco empresas sociais de assentados, Cooperativa de Produção Agropecuária dos Assentados de Charqueadas (Copac), a Cooperativa dos Produtores Orgânicos de Reforma Agrária de Viamão (Coperav), mais as cooperativas Sete de Julho (Coopal), Terra Livre e a Cooperativa Central dos Assentamentos do Rio Grande do Sul (Coceargs). Juntas cultivam principalmente o arroz orgânico nas variedades agulhinha e cateto.

De acordo com Marildo Mulinari, da Cootap, na safra 2020/2021 os camponeses estimam colher mais de 12,4 mil toneladas. São cerca de 248 mil sacas de 50 kg do produto, em aproximadamente 2.740 mil hectares.

Solidariedade Sem Terra

Na luta contra a fome, o povo brasileiro segue perdendo. Na contramão dessa tragédia anunciada, a agricultura familiar, atrelada à Reforma Agrária Popular, reafirma seu papel no combate à fome e à desigualdade.

O MST, desde o início da pandemia, trabalha com a campanha de solidariedade que é baseada no compartilhamento das produções dos assentados e acampados de todo o país. Em 2020, os Sem Terra doaram 4 mil toneladas de alimentos e 700 mil marmitas.

Os gaúchos também fizeram e ainda fazem a sua parte e ressaltam a importância de cuidar uns dos outros. Durante a pandemia da covid-19 foram doados pelos assentados do RS mais de 300 toneladas de alimentos da Reforma Agrária.

“A solidariedade é um pilar fundamental, um princípio dos movimentos populares. O que o MST faz hoje é devolver para a sociedade a solidariedade que recebemos desde a origem do nosso movimento. E essa solidariedade nesse momento tão difícil, em que a pandemia é de um vírus, mas é também uma pandemia de fome”, disse Salete Carollo, dirigente nacional do MST pelo RS.

Assista à transmissão da 18ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz Agroecológico
 nas redes sociais do MST:

Facebook: https://www.facebook.com/111746705564719/posts/5309551729117498/

YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=ILtZIQVX4Bg


* Com informações da assessoria de imprensa do MST


:: Clique aqui para receber notícias do Brasil de Fato RS no seu Whatsapp ::

SEJA UM AMIGO DO BRASIL DE FATO RS

Você já percebeu que o Brasil de Fato RS disponibiliza todas as notícias gratuitamente? Não cobramos nenhum tipo de assinatura de nossos leitores, pois compreendemos que a democratização dos meios de comunicação é fundamental para uma sociedade mais justa.

Precisamos do seu apoio para seguir adiante com o debate de ideias, clique aqui e contribua.

Edição: Marcelo Ferreira