Rio Grande do Sul

ARTES VISUAIS

Artistas são desafiados a retratar a vida em obras que serão expostas tamanho 18x18

Projeto Miniarte Internacional começa a receber inscrições na próxima segunda-feira (5) e se encerram em 30 de junho

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Clara Pechansky no atelier - Foto Luís Ventura

O tema da edição Miniarte 2021 é “vida” - uma escolha que se contrapõe à dura realidade das mortes e dores causadas à humanidade pelo coronavírus. A arte, nas suas mais diversas formas, é uma boia de salvação para muita gente em meio à pandemia. Nesse contexto, crescem de importância iniciativas como o Projeto Miniarte Internacional, que acolhe artistas profissionais e diletantes de várias partes do mundo.  

Os artistas que atenderem ao convite terão suas obras apresentadas ao público nas dimensões 18x18 cm, tamanho tradicional da Miniarte, fundada em 2003 e que este ano chega 40ª edição. Mas as fotos das obras podem ser criadas em qualquer tamanho, utilizando qualquer técnica, desde que tenham, obrigatoriamente, o formato quadrado. O participante precisará enviar por email uma foto de sua obra, informando seu nome, a técnica usada e o país de residência. As fotos serão impressas em 18x18cm, em alto acabamento. 

As inscrições para artistas brasileiros começam a ser recebidas na próxima segunda-feira (5/4) e se encerram em 30 de junho. Até 5 de maio, há desconto, tanto para inscrições individuais como de grupos. O regulamento, em português, inglês e espanhol, e demais informações podem ser conferidas em www.miniartex.org. No site também pode-se ver os catálogos das mostras anteriores. 

Produção artística aumentou com pandemia 

A criadora e coordenadora da Miniarte, a artista visual gaúcha Clara Pechansky, de 84 anos de idade e 65 de carreira – um dos principais e mais reconhecidos nomes das artes visuais no Rio Grande do Sul –, diz que houve uma aceleração na criação de arte por causa da pandemia. “Profissionais aumentaram significativamente sua produção, e amadores começaram a descobrir que a arte pode ser uma excelente maneira de expressar sentimentos e sensações, mesmo para quem nunca lidou com materiais artísticos.” 

De acordo com Clara, “esse fenômeno é universal, aconteceu com todos, artistas emergentes e consagrados, e novas formas de comunicação foram geradas”. A mestra define assim a força do formato 18x18: “Como a menor palavra pode ter tanto poder quanto o mais longo discurso, uma pequena obra de arte pode ter um grande impacto sobre o observador”. 

A Miniarte Internacional busca apresentar um panorama das artes visuais de várias regiões do mundo. Democratizante e inclusiva, a proposta acolhe os trabalhos inscritos sem submetê-los à seleção, mediante apenas a taxa de inscrição. As obras são expostas em ordem alfabética, permitindo a conexão de uma diversidade de influências culturais sem que se perca a individualidade de cada artista. A produção coletiva é reunida em um catálogo virtual disponibilizado no site da Miniarte.  

Por meio do Projeto Miniarte Internacional, o Brasil já estabeleceu parcerias artísticas com Argentina, Austrália, Bélgica, Canadá, Chile, Colômbia, Cuba, Geórgia, Estados Unidos, Holanda, Inglaterra, Irlanda do Norte, Itália, México, Nova Zelândia, Polônia, Portugal e Taiwan em edições anteriores. 

Duas exposições da Miniarte Vida já estão programadas no RS: de 4 de setembro a 10 de outubro, no Centro Municipal de Cultura de Gramado, com patrocínio da Secretaria da Cultura da cidade, e de 4 a 26 de novembro na Gravura Galeria, em Porto Alegre. As mostras, incluindo obras de dez convidadas especiais, serão instaladas fisicamente e estarão abertas à visitação presencial, seguindo os protocolos sanitários.


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Edição: Katia Marko