Na semana passada, o América enfrentou e passou aperto contra dois times que disputam a Série C: Tombense, pelo Campeonato Mineiro, e Ferroviário-CE, pela Copa do Brasil; reforçando a desconfiança dos torcedores nesse time para os jogos contra equipes da Série A, de um nível bem mais elevado.

Contra o Tombense, os dois gols sofridos logo no início expuseram a queda de produção dos volantes e dos laterais e a insegurança que a zaga tem atuado desde a inexplicável venda do zagueiro Messias para o Ceará. Depois dos gols o time se acertou um pouco e dominou o jogo, mas a incapacidade de transformar esse predomínio em gols confirmou a necessidade de testar e, se for o caso, reforçar de fato o ataque. 

Incomodada com esse desempenho na frente, a comissão técnica fez mudanças para o jogo contra o Ferroviário e o time até começou bem e pressionando o adversário, mas só conseguiu fazer um gol, deixando margem para o perigo de sofrer o empate e ter que se virar nos pênaltis, que foi o que de fato aconteceu. 

Tudo bem, o que vale mesmo na Copa do Brasil é classificar e garantir a gorda premiação, e no Mineiro é fazer testes, mas que os jogos recentes sirvam de alerta para o técnico Lisca, que precisa continuar fazendo modificações para retomar o padrão de jogo, a segurança defensiva, a eficiência no ataque e o jogo coletivo que fizeram sucesso na temporada passada, para a diretoria, que ainda precisa contratar jogadores realmente diferenciados para o time titular, e para os próprios jogadores, que têm que honrar o manto americano e abraçar a rara oportunidade que terão de disputar a primeira divisão.
 

Edição: Wallace Oliveira