Minas Gerais

PREÇOS

Em BH, custo de vida de famílias de baixa renda subiu 0,79% no último mês

No primeiro semestre de 2021, inflação na capital foi de 4,20%

Belo Horizonte | Brasil de Fato MG |

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A privatização da Eletrobrás levará a novos aumentos na conta de luz dos brasileiros - Créditos da foto: Reprodução

Em Belo Horizonte, o custo de vida das famílias que recebem entre 1 e 40 salários mínimos cresceu 0,49% no mês de junho, em comparação com o mês de maio. Entre as famílias com renda entre 1 e 5 salários mínimos, o aumento foi maior: 0,79%. A variação foi medida pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG).

Destaque para o aumento nos preços dos artigos de residência (3,83%), alimentos de elaboração primária (1,82%) e saúde e cuidados pessoais (1,3%). Por outro lado, houve queda de 4,59% para alimentos in natura e 1,41% para alimentação em restaurante. O preço atual da cesta básica de alimentos medida pelo Ipead, com 13 itens, é de R$ 553,56, isto é, 50,32% do salário mínimo. No último mês, a cesta básica registrou queda de 0,68%, mas, no acumulado em 12 meses, teve alta de 16,24%.

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A tarifa de energia elétrica contribuiu com o aumento do custo de vida dos belo-horizontinos em junho, ficando 5,39% mais cara. Ao longo dos últimos 12 meses, a inflação na capital foi de 8,23%, enquanto que, só na primeira metade de 2021, a alta foi de 4,2%. O resultado do primeiro semestre ultrapassa o centro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3,75%.

Salário mínimo

A última correção do salário mínimo, em janeiro, foi de 5,22%, ficando abaixo da inflação de 2020, medida pelo IBGE: 5,45%. O valor atual do mínimo é de R$ 1.100 e, pelo segundo ano consecutivo, não foi reajustado acima da inflação.

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em junho, o mínimo necessário para a sobrevivência de uma família brasileira (dois adultos e duas crianças) com alimentação, educação, higiene, lazer, moradia, previdência, saúde e transporte, seria de R$ 5.421,84, isto é, 4,92 vezes o valor atual.

Eletricidade

Vilã do aumento dos preços no último mês, a energia elétrica voltou ao centro do debate político nacional com aprovação no Congresso da medida provisória que autoriza a privatização da Eletrobrás. De acordo a Associação dos Engenheiros e Técnicos do Sistema Eletrobrás (Aesel), a privatização levará a novos aumentos na conta de luz dos brasileiros. A energia produzida pela empresa e incorporada no portfólio das distribuidoras teria um aumento 14% na conta dos consumidores residenciais.

Edição: Larissa Costa