Minas Gerais

MEIO AMBIENTE

Destinação da área do aeroporto deve ser pensada no contexto da cidade a longo prazo

"Solicitamos que a área do aeroporto Carlos Prates seja colocada à serviço da população"

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"Estamos alertando a população para em um futuro próximo, a convivência com um clima sem umidade" - Créditos da foto: PBH

As aglomerações das construções verticais, na região do Belvedere, impedem a nossa grande fonte de umidade do ar, proveniente da mata do Jambreiro em Nova Lima , de atingir o platô de Belo Horizonte, onde a nossa sede urbana esta implantada, em ação sequencial as construções urbanas, as arvores ora pertencentes à nossa metrópole, a cada vez  mais são podadas e suprimidas, eliminando a nossa fonte de umidade natural, e eliminando importantes filtros dos gases tóxicos, que purificam o ar. O nosso microclima está cada vez mais comprometido, sem a umidade necessária para o bem estar, ocasionando sintomas como fadiga, olhos irritados, dores de cabeça, e  doenças de  contagio por vias aéreas, como as viroses, incluindo a virose do Covid-19, aumentando exponencialmente as transmissões.

Estamos alertando a população para um futuro próximo, a convivência com um clima sem umidade, sendo característico de regiões desérticas.  

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Precisamos tomar atitudes agora, para conseguirmos reverter o quadro desfavorável à qualidade de vida em Belo Horizonte. Os grandes centros urbanos precisam de planejamento, medidas mitigadoras, compensatórias , em relação aos danos e impactos ambientais causados, com os grandes desmatamentos, criar estratégias para o desenvolvimento sustentável e interativo. Sofremos atualmente uma pandemia, que nos mostra a necessidade de valorizarmos o meio ambiente, e como é importante o ar que respiramos. Precisamos inspirar atitudes que façam sentido para a melhoria da nossa qualidade de vida, como o reflorestamento, mitigando as centenas de arvores cortadas e o bloqueio do nosso corredor natural de umidade, proveniente da mata do Jambreiro.

A questão da falta de visão a longo prazo, os impactos ambientais, provocados com os desmatamentos, e a falta de medidas compensatórias, apresentam uma falha no planejamento e na gestão pública. Sendo assim esperamos, com o exposto, solicitar que essa área do aeroporto Carlos Prates seja colocada à serviço da população, se transformando em uma reserva ambiental, com viveiros das espécies nativas da nossa flora, impactando positivamente toda a região metropolitana de Belo Horizonte. 

Helaine Dalboni – Engenheira Civil, Sanitarista e Ambiental