Rio Grande do Sul

LUTO

Professor de Comunicação da UFRGS, Alexandre Rocha da Silva morre vítima de câncer

Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da UFRGS, colegas, amigos e instituições lamentam morte do professor

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Alexandre era professor de Comunicação na UFRGS - Reprodução Facebook

Morreu na madrugada deste domingo (8) o professor de Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Alexandre Rocha da Silva, de 49 anos. Ele estava internado no hospital Moinhos de Vento, onde tratava um câncer. Residia em Porto Alegre e deixou seus familiares e seu companheiro.

A Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação (Fabico), onde lecionava, destaca em nota de pesar que Alexandre “se manifestou como um profundo defensor da universidade pública e gratuita, junto com uma constante militância por uma sociedade mais igualitária, justa e fraterna”.

A Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação (Compós) publicou um nota ressaltando o "profundo impacto nas pesquisas de Semiótica e Comunicação no Brasil, com mais de uma centena de artigos, livros e capítulos publicados".

Nas redes sociais, foi grande a comoção pela morte do professor e pesquisador. Colegas, ex-alunos e amigos lamentaram sua partida precoce.

“Alexandre nasceu indignado, irrequieto e pronto para guerrear contra injustiças e desigualdades sociais, institucionais e políticas. Acreditava que poderia mudar o mundo. Sob esta bandeira nos tornamos aliados, desde o tempo que fui sua professora e depois como colegas na Fabico”, escreveu em suas redes sociais a professora de Comunicação da UFRGS, Maria Helena Weber.

O Instituto Humanitas Unisinos (IHU), da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), onde Alexandre se tornou mestre e doutor em Ciências da Comunicação e lecionou por seis anos, compartilhou uma entrevista especial concedida por ele, em março de 2014, com o título “A invenção interrompida de uma cultura da diversidade.” Clique aqui para ler.

Alexandre Rocha da Silva era graduado em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, com mestrado e doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Realizou doutorado-sanduíche em Semiótica no Centre d’Étude de La Vie Politique Française e pós-doutorado na Université de Paris III. Foi professor e pesquisador no Programa de Pós-Graducação em Comunicação da Unisinos entre 2003 e 2009, quando se transferiu para o Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da UFRGS. É autor e organizador de diversos livros.

Nota da Fabico

"A comunidade fabicana amanheceu triste. É com profundo pesar que comunicamos o falecimento, na madrugada desta data (08/08/2021), do nosso querido colega professor Alexandre Rocha da Silva. Desde sua formação acadêmica, se manifestou como um profundo defensor da universidade pública e gratuita, junto com uma constante militância por uma sociedade mais igualitária, justa e fraterna. No magistério, deixa saudades pela sua competência e responsabilidade acadêmica. Excelente ser humano, que cativava a todos com quem convivia, sua alegria e respeito permanecerão sempre vivos entre nós. O velório ocorreu neste domingo (08), iniciando às 09h30min e finalizando às 11h30 no Memorial Ângelus, Capela 01, Av. Porto Alegre 320, bairro Medianeira em Porto Alegre."

Nota da Compós

"A diretoria da Compós vem a público manifestar seu profundo pesar e consternação pelo falecimento de nosso colega Alexandre Rocha da Silva. Alexandre foi participante ativo das atividades da associação, professor dos PPGCOMs da UNISINOS e da UFRGS (neste ultimo, atuando como vice-coordenador entre 2015 e 2016), coordenador do grupo de pesquisa Semiótica e Culturas da Comunicação. Foi também editor das revistas Intexto, Rastros, Em Questão e Fronteiras e era pesquisador de produtividade do CNPq. Ele deixa um profundo impacto nas pesquisas de Semiótica e Comunicação no Brasil, com mais de uma centena de artigos, livros e capítulos publicados. Além disso, orientou e atuou diretamente na formação dezenas de novos pesquisadores. Sempre generoso e disposto, Alexandre deixará muitas saudades."


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Edição: Marcelo Ferreira