SOLIDARIEDADE

“Mais Feijão, Menos Fuzil”: Campanha distribui 15 mil reais em feijão nesta segunda-feira em BH

Em contraposição à fala de Bolsonaro, CUT distribui em alimentos o valor equivalente a um fuzil

Belo Horizonte | Brasil de Fato MG |
Com o preço de um fuzil 762, foi possível comprar duas toneladas de alimento - Imagem: Vídeo CUT Minas

A campanha “Mais Feijão, Menos Fuzil” começou a distribuir alimentos na manhã desta segunda-feira (6) em Belo Horizonte. O ponto de entrega é na Rua Tamboril, 856, no Bairro Concórdia, região Nordeste da capital mineira. A ação começou às 10h e distribui dois quilos de feijão por família.

Organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT MG) e pelos sindicatos da sua base, a campanha tem como objetivo fazer um contraponto à fala de Jair Bolsonaro. Em frente ao Palácio do Planalto, há uma semana, o presidente ironizou as pessoas que preferem comprar alimentos a armas.

"O CAC (caçadores, atiradores e colecionadores) está podendo comprar fuzil. O CAC que é fazendeiro compra fuzil 762. Tem que todo mundo comprar fuzil, pô”. O presidente ainda completou: “Eu sei que custa caro. Tem um idiota: 'Ah, tem que comprar é feijão'. Cara, se não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar."

Segundo a CUT Minas, o preço do fuzil 762, citado por Bolsonaro, é R$ 15 mil. Foi este o valor investido pela central e sindicatos, que adquiriram duas toneladas de feijão para a campanha.

A ação, nas palavras da central, serve como “exemplo de atitude que um verdadeiro estatista adotaria diante da tragédia que tomou conta do país”.

Campanhas acontecem desde o início da pandemia

A CUT MG tem intensificado suas ações de solidariedade desde o início da pandemia de covid-19 no Brasil. Desde 2020, a central, em parceria com os sindicatos da sua base e com movimentos populares, já realizou diversas distribuições de marmitas, cestas básicas e gás de cozinha a famílias mais carentes.

Em março deste ano, uma das ações chamou atenção pela solidariedade a motoristas de aplicativo. Em parceria com o Sindicato dos Petroleiros de MG (Sindipetro/MG), a central participou da campanha: “Combustível a Preço Justo” e promoveu a venda de gasolina a R$3,50 o litro para motoristas e motociclistas de aplicativo, em um posto de combustível de Belo Horizonte.

O objetivo foi demonstrar que o combustível poderia estar custando esse valor, se não fosse a atual política de preços da Petrobrás, baseada no preço internacional do petróleo e na cotação do dólar.

Fonte: BdF Minas Gerais

Edição: Wallace Oliveira