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PDOT: movimento promove ato para denunciar “atropelo” do GDF em debate

A ação aconteceu em Ceilândia, durante a realização da segunda oficina temática da revisão do Plano Diretor

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Movimento explica que a ação tem como objetivo expor “os dois pesos e duas medidas do Governo Ibaneis na gestão das cidades”. - Foto: Brigada de comunicação do MTST

A Frente Quem Participa DF, composta por 38 entidades e movimentos sociais, realizou no sábado (9) uma ação para denunciar o “tratoraço” do Governo do Distrito Federal na revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT).  

O ato aconteceu em frente ao Caic Bernardo Sayão, em Ceilândia, durante a realização da segunda oficina temática da revisão do PDOT. 

O Plano Diretor estabelece os critérios para o desenvolvimento de atividades, estratégias locais, regularização fundiária e define ainda as áreas prioritárias para oferta habitacional para os próximos dez anos.

::PDOT: Debate sobre ordenamento territorial não inclui os mais pobres::PDOT: Debate sobre ordenamento territorial não inclui os mais pobres::

Em nota publicada nas redes sociais, o movimento explica que a ação tem como objetivo expor “os dois pesos e duas medidas do Governo Ibaneis na gestão das cidades”. 

“Enquanto passa o trator em cima da casa do povo, mantém intocadas as verdadeiras invasões dos ricos à beira Lago; assim como reúne a portas fechadas com o empresariado para garantir os interesses do setor imobiliário pelos próximos dez anos no Plano Diretor e finge ouvir o povo em oficinas esvaziadas e realizadas somente com o intuito de dar tons de legalidade ao processo”, escreveu a Frente.

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O grupo defende a ampla e efetiva participação da população na discussão do Plano Diretor, de forma a atender as reais necessidades das regiões. No entanto, apesar da oficina acontecer na cidade mais populosa do DF, inserida em uma Unidade de Planejamento Territorial (UPT) que conta com aproximadamente 920 mil habitantes, apenas 23 pessoas participaram presencialmente da atividade.

Para a Frente, o GDF impõe um calendário de oficinas que restringe o acesso à inscrição prévia pela Internet e limita o número de participantes de forma a não representar a população das cidades que deveriam ser ouvidas. De acordo com divulgação do governo, a quantidade de participantes presenciais permitidos na reunião em Ceilândia estava limitada a 100 pessoas.

Calendário

Conforme calendário da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) serão promovidas sete oficinas temáticas. A primeira, realizada sob protesto, aconteceu no dia 2 de outubro em Santa Maria.

As próximas oficinas do PDOT acontecem no sábado (16) pela manhã em São Sebastião (Paranoá, Jardim Botânico, Itapoã e São Sebastião). E no período da tarde em Sobradinho (Planaltina, Sobradinho II, Fercal e Sobradinho).

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Edição: Flávia Quirino