Minas Gerais

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Crônica | Terceira guerra mundial

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Na infância, eu e meu melhor amigo brincávamos que, se houvesse uma terceira Guerra Mundial, estaríamos 'fodidos" - Reprodução
Será que eles eram de organização secreta? A gente morria de rir

Hoje deu saudade do meu melhor amigo de infância. Nascemos em um bairro operário chamado Parque Riachuelo, na rua Tecelões, em Belo Horizonte.

Infelizmente, ele se foi cedo demais. Os bons morrem cedo. Acontece que brincávamos que, se houvesse uma terceira Guerra Mundial, estaríamos “fodidos". A gente morria de rir com isso.

Aqui na nossa rua tinha um italiano do Sul, um alemão e um japonês que não era o da federal. Era um time todo da chamada Aliança do Eixo da Segunda Guerra Mundial. O alemão era o avô dele. O italiano era meu avô. E o japonês era maluco pra caramba. Muito gente boa!

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Um Mullerchen, um Giaquinto e um Takashi. Ficávamos intrigados como esse povo veio morar na mesma rua! Será que a rua não era vigiada pela ONU?

Os anos se passaram. Só sobrou aqui o que vos escreve essa pequena crônica. Será que eles eram de organização secreta? A gente morria de rir. Porque eles nem se ligavam nesse assunto.

Ele era bem melhor que eu em tudo, principalmente na música e na literatura. Ele deve tá rindo de mim por aí. Espero honrá-lo por aqui. A saudade é muito grande. As resenhas. As brigas. Os planos. As músicas. Os segredos.

Só agradeço pela amizade e pelas nossas boas risadas. Obrigado, amigo!

 

*Rubinho Giaquinto é covereador da Coletiva em Belo Horizonte

**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal.

 

Edição: Rafaella Dotta