Minas Gerais

PERSEGUIÇÃO

Lideranças organizam protesto em apoio à deputada estadual Andréia de Jesus (Psol)

Após solicitar investigação da morte de 26 pessoas no Sul de Minas, a parlamentar sofreu ameaças de morte

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |

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Protesto de solidariedade à deputada aconteceu nesta terça (9) em frente à Assembleia Legislativa - Divulgação

Na tarde desta terça-feira (9), em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), lideranças populares e parlamentares de Minas Gerais realizaram um ato em apoio à deputada estadual do Psol Andréia de Jesus.

Movimentos e parlamentares assinaram uma carta em apoio à deputada 

Nos últimos dias, a deputada vem sofrendo ameaças em suas redes sociais. Os eventos começaram após Andreia, que é presidenta da Comissão de Direitos Humanos da ALMG, denunciar e reivindicar investigação a respeito de 26 mortes ocorridas em Varginha, no Sul de Minas Gerais, após uma operação policial.

Deputada publicou carta aberta

Na última quinta-feira (4), Andréia publicou em suas redes sociais uma carta aberta em que relata as ameaças. No texto, a deputada afirma que “não é fácil abrir meu celular e me deparar com ameaças contra minha vida”, se referindo a uma das mensagens recebidas que afirmava que o fim de Andreia seria igual ao de Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro executada em março de 2018 . 

 


 

Presidente da ALMG solicita escolta policial para a deputada

Por solicitação do presidente da ALMG, Agostinho Patrus (PV), desde a manhã desta terça (9), Andréia de Jesus é escoltada pelo Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar de Minas Gerais (BOPE).

“Não é fácil abrir meu celular e me deparar com ameaças contra minha vida”

Nas redes sociais, Agostinho Patrus afirmou que “Minas Gerais não admitirá ameaças que busquem intimidar parlamentares e atacar a democracia”.

Manifestações de solidariedade

Além do protesto de hoje, diversas lideranças e organizações têm demonstrado solidariedade à deputada por meio de notas e manifestações públicas. As vereadoras de Belo Horizonte Macaé Evaristo, Iza Lourença, Bella Gonçalves, Duda Salabert, o vereador Pedro Patrus, a deputada estadual Leninha, o Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira (Cenarab), a Coalizão Negra por Direitos, o Instituto Pensamentos e Ações para defesa da Democracia/Minas Gerais (Ipad), o Outras Vozes Neves e o Coletivo Casa dos Livros assinaram uma carta em apoio à deputada. 

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É “importante ressaltar que mulheres parlamentares e, especialmente as negras, de inúmeras Casas Legislativas, têm sofrido agressões no exercício de suas funções, o que exige também uma incidência dos órgãos públicos, no sentido não só de preservar deputadas e vereadoras, mas também de responsabilizar agressores e cessar essa crescente violência”, diz o texto.

 

 

Edição: Larissa Costa