Minas Gerais

OPINIÃO

Na cadência da sincronia imperfeita: entre o Brasil e o Cruzeiro

No aniversário do clube, colunista fala de esperanças

Belo Horizonte |
É tempo do Brasil, é tempo de o Cruzeiro “ser feliz de novo” - Alex Costa

“E a vida
Ela é maravilha ou é sofrimento?
Ela é alegria ou lamento?
O que é? O que é, Meu irmão?”

São três anos de crise absoluta. Iniciou-se em 2019. Uma queda fruto de escolhas erradas, que deterioraram a construção institucional e configuraram uma crise sem precedentes. Vai além disso, ficamos todos envergonhados e incrédulos com a incompetência e a prepotência dos nossos líderes. Se comportam como líderes de si mesmos, e ignoram o significado da palavra democracia. As leis propostas na nossa instituição, são mais ou tão atrasadas quanto as antigas. Para aqueles que estão no poder só uma palavra importa: vender nosso patrimônio. Nossa imagem perante a opinião pública nacional e internacional foi pra lama, da mesma forma que a nossa autoestima. 

Por azar deles, e sorte nossa, não precificaram o amor, o sentir, o lutar

Gente que era alegre, sorriso fácil, não mais dançava, nem cantava como sempre gostou. Parece curioso, não fosse trágico, uma pandemia mundial chegar bem nesse período, como se o fatídico destino quisesse nos poupar de presenciar publicamente o caos. Por azar deles, e sorte nossa, não precificaram o amor, o sentir, o lutar. Assistir de camarote nossa ruína nunca foi uma opção. A resistência está no nosso DNA, pois, já diria um grande artista, somos e sempre seremos oposição ao modelo de destruição proposto. 

Esse é o enredo da sincronia imperfeita na história recente, que marcou os 100 anos do Cruzeiro (1921-2021) e marcará os 200 anos da independência do Brasil (1822-2022) para a maior parcela do povo mineiro.  

Outro poeta que, em alguma medida tinha o coração azul e também verde e amarelo, nos alertou que na vida “é luta e prazer”, mas ensinou, principalmente, que “somos nós que fazemos a vida/Como der, ou puder, ou quiser (...)”. Uma vida que devia ser bem melhor e será!

Que em 2022 brilhem as nossas estrelas e cresça a nossa esperança. É tempo do Brasil, é tempo de o Cruzeiro “ser feliz de novo”. 
 

Edição: Wallace Oliveira