Minas Gerais

FOLIA X SAÚDE

Carnaval 2022 em Minas: cidades históricas e Belo Horizonte não promoverão festas de rua

Maiores cidades do estado também estão cancelando eventos que possam gerar aglomeração

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
Segundo informaram a Secult e a SES, a orientação oficial é pela não realização de carnaval de rua em todo o estado - Foto: Mídia Ninja

O carnaval de 2022 será mais uma festa impactada seriamente pela pandemia de covid-19. Com a taxa de transmissão ainda em alta na maioria dos municípios de Minas Gerais, prefeituras têm decidido pela não realização de festas de rua neste momento, como Belo Horizonte, Montes Claros, Juiz de Fora e Uberlândia.

As cidades históricas, reunidas na Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais, também já anunciaram que não promoverão o carnaval neste ano. A decisão foi tomada de forma unânime por todos os 30 municípios integrantes em dezembro de 2021.

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São eles: Brumadinho, Baependi, Barão de Cocais, Bom Jesus do Amparo, Conceição do Mato Dentro, Caeté, Catas Altas, Cataguases, Congonhas, Campanha, Diamantina, Itabira, Itabirito, Itapecerica, Januária, Lagoa Santa, Mariana, Nova Era, Ouro Preto, Ouro Branco, Paracatu, Pitangui, Prados, Santa Bárbara, Serro, São João del-Rei, São Thomé das Letras, Sabará, Santa Luzia e Tiradentes.

Belo Horizonte

A mesma decisão de não realizar a festa foi anunciada pela Prefeitura de Belo Horizonte. A cidade, que vinha tendo um crescente em seu carnaval e recebeu cerca de 4,5 milhões de foliões logo antes da pandemia, anunciou que neste ano não irá patrocinar o carnaval e não realizará nenhum tipo de cadastro de blocos ou investimento em infraestrutura.

A PBH informou que a decisão se ampara em uma Nota Técnica do Comitê de Enfrentamento à Covid-19, de novembro de 2021. No documento, o comitê aconselhou que o poder público não incentive que a população participe de eventos que possam resultar em grandes aglomerações.

O mês de fevereiro começou com uma nova portaria municipal, com atualizações para o setor de eventos. Agora, casas de teatro, shows e espetáculos estão permitidos, desde que possua público sentado de até 500 pessoas. Todos os espectadores precisarão, obrigatoriamente, apresentar comprovante de vacinação completo contra a covid-19 e utilizar máscara. Não é permitido serviço de alimentação ou bebida.

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Nos eventos acima de 500 pessoas, é obrigatório que o público apresente teste com resultado negativo para a covid-19 e o comprovante de vacinação completa.

Montes Claros, Juiz de Fora e Uberlândia

As maiores cidades de Minas também estão cancelando seus carnavais. Juiz de Fora, o maior município da Zona da Mata Mineira, já tem a decisão desde dezembro. Pelo Twitter, a prefeita Margarida Salomão (PT) deu o informe à população. “Dada a incerteza quanto a possíveis impactos da variante ômicron sobre a pandemia, decidimos cancelar os eventos relativos ao carnaval de 2022”, afirmou.

No mesmo sentido decidiu o município de Montes Claros, o maior do Norte de Minas. Um decreto municipal do dia 3 de fevereiro proíbe comemorações carnavalescas ou eventos que gerem aglomeração entre os dias 25 de fevereiro e primeiro de março de 2022, data em que seria o carnaval. As festas de rua, segundo o decreto, ficam transferidas para os dias 21 a 24 de abril de 2022.

A maior cidade do Triângulo Mineiro, Uberlândia, também não realizará carnaval. Os dias 28 de fevereiro, primeiro e 2 de março continuam como ponto facultativo na cidade, mas não haverá festas de rua.

Orientação do governo de Minas para o carnaval

Segundo informaram a Secretaria Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) e a Secretaria de Estado de Saúde (SES), a orientação oficial é pela não realização de carnaval de rua em todo o estado. Porém, sugere que festas possam acontecer nos municípios que integram o Plano Minas Consciente, apenas para festividades que possuírem o selo “Evento Seguro”.

O selo prevê uma série de medidas como uso de máscara, álcool em gel e distanciamento social, e exige que o evento possua orientações para sinalização e circulação de pessoas, além de outras medidas, que podem ser acessadas aqui.

 

Edição: Larissa Costa