Minas Gerais

RECOMEÇO

Mulheres da Zona da Mata mineira se reúnem para discutir rumos do movimento

Atividade, que ocorreu em Viçosa (MG), fez parte das ações do 8 de Março. Programação contou com oficinas e planejamento

Viçosa (MG) | Brasil de Fato MG |
O evento aconteceu nos dias 11 e 12 de março no município de Viçosa (MG), na sede do Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM) - Foto: Vanessa Maciel

Após mais de dois anos sem reuniões presenciais, por causa da pandemia, cerca de 60 agricultoras de nove municípios participaram do Encontro Regional do Movimento de Mulheres da Zona da Mata e Leste de Minas Gerais (MMZML). O evento aconteceu nos dias 11 e 12 de março no município de Viçosa (MG), na sede do Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM).

Com o objetivo de desenvolver e fortalecer a autonomia das mulheres, a programação contou com diversas atividades e oficinas para o planejamento das estratégias do movimento e para encorajar as mulheres a enfrentarem os desafios impostos pelo atual cenário do país.

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Para a agricultora Sônia Aparecida de Souza, do município de Simonésia, o encontro foi um “recomeço” que promove grande “animação” após a distância causada pela pandemia. “A participação tanto no movimento como no sindicato, no coletivo de mulheres ou no município, fez uma diferença muito grande na minha vida, me deu força. A caminhada que eu tenho hoje, foi participando dessas oficinas e do movimento”, relata.

No encontro, tiveram discussões acerca dos dados das cadernetas agroecológicas, análises de conjuntura abordando o contexto atual e o significado do 8 de Março, Dia Internacional de Luta das Mulheres.

Também foram promovidas importantes discussões sobre o processo de comercialização dos produtos, apresentando o Polo Agroecológico e de Produção Orgânica da Zona da Mata, a Campanha Periferia Viva e o Projeto de Lei (PL) 046/2021, intitulado Comida de Verdade. Esse PL é de autoria da vereadora do município de Viçosa Jamille Gomes (PT), construído junto ao CTA-ZM e demais membros do Polo. Além disso, também foi abordado o Sistema Participativo de Garantia da Produção Orgânica (SPG), ressaltando o processo de construção que está sendo desenvolvido até o momento.

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“A força política das pautas levantadas pelas mulheres nos indicam não só as ações previstas para o movimento, mas revelam, principalmente, o fato de que, embora a pandemia tenha sido e continue sendo um enorme desafio para as mulheres, seguimos atuantes e buscando nos fortalecer cada vez mais na luta por nossos direitos”, avalia Thalita Rody, técnica do Programa Mulheres e Agroecologia do CTA-ZM.

Outras atividades

Buscando enfatizar o protagonismo das mulheres na produção de alimentos saudáveis no Brasil, ao final do primeiro dia de atividades também foi realizada uma edição especial da Feira Agroecológica e Cultural da Violeira, em alusão ao Dia Internacional de Luta das Mulheres, com a presença da artista local Bia Dias. 

Além das atividades do encontro, durante o fim de semana foi realizada a ciranda das crianças, que são espaços de interação desenvolvidos pelo Projeto Curupira, pertencente ao Programa Educação e Agroecologia do CTA-ZM, buscando fortalecer o contato das crianças com a natureza por meio de brincadeiras lúdicas. 


 

Edição: Larissa Costa