Representantes dos Agricultoras (es) e Camponesas (es) ocuparam a Secretaria de Desenvolvimento Humano do Estado da Paraíba na manhã desta terça feira (22), no intuito de cobrar do Governo do Estado o pagamento do PAA Emergencial que foi realizado no mês de agosto do ano passado (2021). Segundo eles, o pagamento feito até agora foi de apenas 75% do total.
Atividade / Foto: Arquivo Pessoal
“A gente foi lá para obter informações sobre esse recurso, por que não foi pago ainda. Então, tentamos falar com o Secretário Tibério mas ele não estava, e nós pedimos por alguém à altura que pudesse responder e esclarecer pros agricultores o que é que estava acontecendo, porque não teve resposta com relação a essa compra e o pagamento, visto que o povo trabalhador, o povo campo camponês, já foi solidário na questão da venda, de fornecer os seus alimentos, seus produtos”, explica Rafael Nascimento, integrante da CPT.
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“Em um contexto em que a Agricultura Familiar não é valorizada, e os Camponeses e as Camponesas que colocaram sua produção para vender até o momento não houve pagamento da produção é um absurdo! As famílias camponesas reivindicam do Estado clareza e prazo para pagamento da produção vendida para o Estado! A Comissão Pastoral da Terra está em apoio a luta dos trabalhadores que já não aguentam mais de tanto esperar”.
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Segundo a entidade, o governo do estado abriu um edital, mas apenas duas grandes entidades foram pleiteadas no processo todo. O erro do pagamento a alguns municípios foi por uma divergência de informações: “Teve alguns municípios que não receberam os que estavam cadastrados para receber não receberam, ou receberam uma quantidade inferior, então foi identificado que houve um erro, e está sendo investigado. A secretária falou que está sendo investigada, inclusive que já houve exoneração”, conta Rafael.
A investigação abrange a participação de Cooperativas no desvio do pagamento.
A Comissão Pastoral da Terra informa que irá organizar uma grande reunião, na próxima terça-feira no Mosteiro de São Bento, com os agricultores, especialmente os que venderam para o PAA Emergencial, para uma reunião. “Vamos avaliar qual será também a nossa posição com relação a isso, porque seja lá quem for que esteja errado, é direito dos trabalhadores receber esse recurso. O trabalhador tem que receber esse recurso. Não pode ser enganado nem pelo governo do estado, nem pode ser enganado e de maneira nenhuma ser vítima de presidentes ou representantes de certas cooperativa”, define Rafael Nascimento.
Edição: Heloisa de Sousa