Minas Gerais

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Em MG, trabalhadores da saúde criticam proposta de Zema de reajuste de 10%

Sindicato afirma que categoria deveria receber cerca de três vezes mais do que salários atuais

Brasil de Fato | Minas Gerais (MG) |

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Servidores do Sistema Público de Saúde de Minas Gerais, fecharam o transito na manhã da última quarta-feira (23) - Foto: Sind-Saúde/MG

Trabalhadores do sistema público de saúde de Minas Gerais fazem coro a outras categorias do serviço público mineiro e rechaçam a proposta de Romeu Zema (Novo) de reajuste de 10%. Nesta semana, a categoria fez um protesto em frente ao Hospital João XXIII e apontou que, caso o governo não negocie, existe a possibilidade de deflagração de greve.

Dentre as reivindicações dos trabalhadores está a elaboração de um novo plano de carreira da categoria, um reajuste salarial maior que o proposto pelo governo e isonomia entre diaristas e plantonistas. 

Em nota, o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG) afirmou que o reajuste proposto pelo governo estadual é cerca de três vezes menor do que a categoria deveria receber. 

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“É no mínimo três vezes abaixo das perdas salariais que a categoria foi submetida com uma década sem reajuste salarial. O Sindicato irá manter a pressão para que as pautas dos trabalhadores sejam contempladas”, enfatiza o documento.

Situação é grave

Trabalhadores com mais de 10 anos sem reajuste ou recomposição salarial, servidores com salários abaixo do piso estabelecido nacionalmente e estrutura de carreira que não atende às necessidades. Para o diretor do Sind-Saúde/MG Renato Barros, esse seria o retrato da situação enfrentada pela categoria hoje. 

Ao Brasil de Fato MG, Renato afirmou que o cenário é grave e tem gerado insatisfação.  “As nossas perdas no último período representam uma perda em torno 32,6% e é isso o que reivindicamos”, enfatizou. 

Trabalhadores não querem só aplausos

Em nota, o Sind-Saúde/MG afirmou ainda que, apesar do sindicato tentar estabelecer diálogo com o governo do estado, a equipe de Zema tem dificultado o avanço das pautas da categoria e, até o momento, não apresentou resposta. 

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“Não queremos apenas aplausos. Queremos reconhecimento financeiro e que o governo nos possibilite ter uma carreira digna”, reforçou Renato. 

O outro lado 

Em reposta ao Brasil de Fato MG, o governo de Minas afirmou que “mantém diálogo aberto com todas as categorias, levando em conta as necessidades dos servidores e o importante trabalho prestado por eles ao Estado”. 

Reforçou que, atualmente, tramita na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) um projeto de lei enviado pelo Executivo que prevê o reajuste salarial de 10,06% para todos servidores públicos estaduais e que o percentual estabelecido é o que a Lei de Reponsabilidade Fiscal (LRF) permite no momento. 

 

 

Edição: Larissa Costa