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Coluna Nosso Direito: Por um Brasil sem despejos

Vitória popular: o ministro Barroso estendeu a suspensão dos despejos até fim de junho de 2022.

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Atos contra despejos ocorreram em Curitiba e outras 20 cidades do País - Giorgia Prates

Mais de meio milhão de pessoas em comunidades urbanas e rurais estão ameaçadas de despejo no Brasil. Diante do aumento da fome, inflação e desemprego e da falta de políticas públicas, o cenário é ainda mais grave. O Supremo Tribunal Federal, a partir do pedido do PSOL e demais entidades na ADPF 828, havia estendido, em dezembro, a suspensão de despejos até 31 de março deste ano. 

Frente ao fim do prazo, movimentos sociais e comunidades, articulados na Campanha Despejo Zero, foram às ruas em 17 de março, em mais de 20 cidades, para pedir sua prorrogação. No Paraná, os movimentos sociais do campo e da cidade se uniram em expressivo ato na capital, que teve também mesa de diálogo com o Governo do Estado/Sudis, Tribunal de Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública e Comissão de Direitos Humanos.  

No fim de março, a campanha retomou a agenda de mobilização nas redes sociais e nas ruas. Uma comitiva foi recepcionada pelo ministro Barroso, do STF, e retratou a situação dos ameaçados de despejo. Na quarta, dia 30, o tuitaço #BrasilSemDespejo atingiu 1º lugar no Twitter. À tarde, houve ato político em frente ao Congresso Nacional. No fim do dia, a vitória popular: o ministro estendeu a suspensão dos despejos até fim de junho de 2022. 

 

Daisy Ribeiro, advogada popular e integrante da campanha Despejo Zero 

Edição: Frédi Vasconcelos