Mulheres da Pedreira Prado Lopes, uma das favelas mais antigas de Belo Horizonte, concluíram um ciclo de formação e receberam na quarta-feira (13) diplomas de padeiras.
Idealizado pelo Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD), o curso aconteceu no Mercado da Lagoinha, localizado na Pedreira, e contou com oito encontros teóricos e práticos.
“Como eu estou desempregada, o curso vai me ajudar muito. Não tinha como fazer um curso desse pagando. Então, pra mim foi uma oportunidade. Aprendemos a fazer pães de sal e doce, biscoitos, bolo. Quero aprender mais ainda para ajudar a comunidade", explicou Cíntia de Fátima Mendes, uma das 13 formandas.
Com recursos de Emenda Parlamentar indicados pela deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), o projeto é realizado através do Convênio 1481000698/2021, celebrado entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e a Comunidade Santo Antônio. A iniciativa teve o objetivo de ampliar as possibilidades de renda para as moradoras da periferia.
Em 2022, os índices de desemprego no Brasil alcançaram a surpreendente marca de 11,1%. Dentre a massa de trabalhadores desempregados ou em empregos informais, as mulheres são a maioria.
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O mais recente levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstrou que, até o final de 2021, entre os 12 milhões de brasileiros e brasileiras desempregados, 6,5 milhões são mulheres.
Concluído o curso, agora as mulheres irão consolidar uma padaria popular na Ocupação Pátria Livre, também na Pedreira, com preços acessíveis para os moradores da comunidade. A padaria, que será gerida pelas formandas, vai funcionar diariamente.
Produção de pães já vai começar
Desde o início da pandemia da covid-19, o MTD constrói na Pedreira Prado Lopes o “Café solidário”. A iniciativa distribui gratuitamente, todas as terça-feiras, um café da manhã para as pessoas da comunidade em maior situação de vulnerabilidade.
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A partir da próxima terça (19), os pães distribuídos já serão fruto do trabalho das padeiras populares.
Edição: Larissa Costa