Rio Grande do Sul

Cinema

Documentário sobre casa de estudantes universitários será lançado nesta segunda (13)

“Antes que a casa caia” conta a história da Casa Estudantil Universitária de Porto Alegre (Ceupa)

Brasil de Fato | Porto Alegre |
O filme é uma produção do jornalista Luis Henrique Silveira e conta a história da Casa Estudantil Universitária de Porto Alegre (Ceupa). - Reprodução

O documentário “Antes que a casa caia” será lançado nesta segunda-feira (13), às 19h30, no Bar do Marinho, com entrada gratuita. O filme é uma produção do jornalista Luis Henrique Silveira e conta a história da Casa Estudantil Universitária de Porto Alegre (Ceupa).

A Ceupa é uma casa de estudantes independente que oferece moradia a estudantes universitários e pré-universitários, oriundos de famílias de baixa renda. A estrutura da Ceupa é divida em três casas, localizadas no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre.

Atualmente as três casas abrigam 65 moradores efetivos e cerca de 20 moradores que estejam na cidade para participação de congressos ou seminários. Os moradores do Ceupa são estudantes oriundos das mais diversas Instituições de Ensino Superior da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) e cursinhos pré-universitários.

A ideia de fazer o documentário surgiu em um grupo de Whatsapp, de ex-moradores da Ceupa. A concepção começou em 2020, com a escrita do projeto e as gravações em novembro de 2021. Luis conta que ficou muito surpreso com os depoimentos de demonstração de carinho pela Casa. O produtor do filme foi morador da Ceupa e afirmou que sempre teve o desejo de fazer um documentário.

“Teve muito mais do que eu imaginava. De como foi importante a Casa para todos. Também chamou a atenção do tempo longo que as pessoas passaram longe da instituição”, afirmou Luis.

O produtor relatou que a experiência na Casa mudou a sua vida completamente, morando nela de 1985 a 1988. “Eu era uma pessoa negra que morava em uma vila de Porto Alegre. Não tinha uma visão e dimensão maior sobre as coisas. Não tinha ideia da existência da burguesia, não sabia como era uma universidade”, revela.

Algumas diferenças que percebeu entre o tempo que morou e agora, durante as gravações e os relatos dos ex-moradores, foi que hoje tem garagem para as bicicletas. Outra diferença é a decadência da Casa 1, que era bem mais conservada. O mural que ajudou a construir continua nas três casas. Além disso, o nome da instituição mudou: antes chamava-se Centro Evangélico Universitário de Porto Alegre.

Os entrevistados reparam que a Casa, hoje, é mais fechada do que era no passado: os portões eram baixos, a Casa era quase aberta. Segundo os relatos, não havia roubos e assaltos, nem trancas nos armários, banheiros e quartos.

Conforme a ex-moradora Roslene Pergher, conhecida como Necki, a Ceupa é uma escola de vida integral, de tolerância, de limites, aprendizado, solidariedade, compartilhamento de espaços coletivos, generosidade, mudanças, transformações, oportunidade, vivência e prática para além da faculdade.


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Edição: Katia Marko