Rio Grande do Sul

ALERTA

Rio Grande do Sul chega à metade do ano com 60 óbitos por dengue 

Das 497 cidades do RS, 447 têm casos confirmados da doença; Novo Hamburgo tem o maior registro de mortes

Brasil de Fato | Porto Alegre |
RS registra o maior número de óbitos e contaminações desde que o monitoramento passou a ser realizado - ©Mauro Pimentel / AFP

Com a confirmação de mais uma morte registrada na cidade de São Leopoldo, nesta sexta-feira (1º), o Rio Grande do Sul chegou à marca de 60 óbitos em decorrência da dengue desde o início do ano. É o maior número de vidas perdidas desde que a Secretaria Estadual de Saúde (SES) passou a realizar o monitoramento.

Os casos confirmados (entre autóctones, ocorridos dentro do RS, e importados) chegam a quase 48 mil. A Secretaria alerta que a prevenção deve ser feita eliminando locais com água parada, onde o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, se reproduz.

Tanto em relação aos óbitos quanto aos casos, os registros de 2022 são os maiores já registrados na série histórica da dengue no RS, que passou a ser monitorada no ano 2000. O ano passado encerrou com 10 mil casos e 11 óbitos, enquanto em 2020 foram 3 mil casos e três óbitos. Antes desses, os únicos anos com óbitos por dengue no estado foram em 2015 e 2016, com duas e uma morte respectivamente.

Novo Hamburgo, na região Metropolitana de Porto Alegre, é a cidade com o maior registro de óbitos, sendo oito mortes, seguida de Igrejinha (6) e Horizontina (5). Porto Alegre registrou até o momento, quatro óbitos.

De acordo com a SES, entre as faixas etárias mais suscetíveis para óbito neste ano estão os idosos, que representam 75% do total das ocorrências. Entre os 59 óbitos já confirmados, seis foram em pessoas dos 60 aos 69 anos, 18 na faixa de 70 a 79 anos e 20 mortes em pessoas com 80 anos ou mais.

No site dengue.saude.rs.gov.br, o painel da SES traz, além dos casos e óbitos, o monitoramento do número de pessoas hospitalizadas no momento em virtude da doença Pelo acompanhamento, 22 pessoas estão internadas, sendo três delas em leitos de UTI (todos adultos).

Sobre a dengue

Doença febril aguda, que pode apresentar um amplo espectro clínico: enquanto a maioria dos pacientes se recupera após evolução clínica leve e autolimitada, uma pequena parte progride para doença grave.

Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (maior que 38°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, e manchas vermelhas na pele. Também podem acontecer erupções e coceira na pele.

Os sinais de alarme são assim chamados por sinalizarem o extravasamento de plasma e/ou hemorragias que podem levar o paciente a choque grave e óbito. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.

Saiba evitar o mosquito em casa

Os depósitos preferenciais para os ovos são recipientes domiciliares com água parada ou até na parede destes, mesmo quando secos. Os principais exemplos são pneus, latas, vidros, cacos de garrafa, pratos de vasos, caixas d'água ou outros reservatórios mal tampados, entre outros.

Entre as medidas preventivas que em casa a pessoa pode fazer estão:

- Manter tampada a caixa d’água, assim como tonéis ou latões que estejam expostos à chuva

- Guardar pneus velhos sob abrigos

- Não acumular água em vasos de plantas ou nos pratos onde ficam (cobrir com areia)

- Manter desentupidos ralos, canos, calhas, toldos e marquises

- Colocar embalagens de vidro, plástico ou lata em lixeira fechada

- Manter a piscina tratada o ano inteiro

*Com informações da SES 


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Edição: Marcelo Ferreira