Minas Gerais

RETOMADA

Ouro Preto ganha centro de referência para apoio à comunidade LGBTI+

Após 12 anos, parada saiu às ruas e integrou a programação do Festival de Inverno, que segue até o dia 17

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
A quarta edição da parada integrou a programação do Festival de Inverno da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) - Foto: Marcela Nicolas

Após mais de uma década, a parada LGBTI+ saiu às ruas de Ouro Preto e tomou a Praça Tiradentes, um dos pontos mais visitados da cidade, no último domingo (3). Victor Diniz Pinto, um dos coordenadores do evento, explica que a retomada da manifestação só foi possível graças à articulação entre entidades civis e a universidade.

A quarta edição da parada integrou a programação do Festival de Inverno da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), que segue até o dia 17. “Foi uma decisão muito apropriada ao tema do festival, que é ‘Encontros’, e diz muito da nossa necessidade de olhar o outro, de reconhecer e de se reencontrar com a diferença”, afirma Gabriela de Lima Gomes, pró-reitora adjunta de Extensão e Cultura da universidade e coordenadora geral do festival.

 A fotógrafa do festival e mestranda da UFOP Marcela Nicolas compartilha do sentimento. “Foi um orgulho muito grande registrar as cores que ocuparam nossa histórica Ouro Preto. É uma vitória essa retomada”, avalia.


 Foto: Marcela Nicolas

 


 Foto: Marcela Nicolas

Apoio à comunidade LGBTI+

Além das atividades culturais, outra importante celebração do evento foi a criação do conselho participativo. Nessa instância, serão debatidas políticas públicas para a população LGBTI+.  “É um espaço de controle social e de diálogo que, a partir de agora, vai contar com a presença e voz dessa comunidade. Apesar das conquistas recentes que a cidade vivencia, ainda tem muita luta”, aponta Victor Diniz.

Além do conselho, também foi anunciada a criação do Centro de Referência da População LGBTI+. A previsão é que o local seja inaugurado no início de 2023. No Centro, serão desenvolvidos projetos em parceria com a prefeitura e com a UFOP.

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A expectativa é que a comunidade possa contar com serviços como acompanhamento farmacológico hormonal, atividades educacionais e culturais, formação para construção de meios de comunicação que deem voz à população, entre outras iniciativas.

Edição: Larissa Costa