Minas Gerais

RESISTÊNCIA

EDITORIAL l Quem vai defender a democracia?

Só efervescência popular garantirá vida melhor

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
Diante de tantos abusos, o que nos cabe é a ação - Antonioni Cassara/Mídia Ninja

Na última segunda-feira, dia 18 de julho, Bolsonaro realizou uma reunião com embaixadores de vários países, e como já se tornou costumeiro, mais uma vez disse barbaridades capazes de nos envergonhar diante da comunidade internacional.

Ele atacou mais uma vez nosso sistema de votação, colocou em descrédito as urnas eletrônicas sem apresentar qualquer tipo de prova, enquanto o TSE já havia rebatido suas críticas ao processo eleitoral há meses.

Mas afinal de contas, por que insistir nessa tecla? Para sustentar que sua possível derrota eleitoral em outubro diz respeito a fraudes, e não à sua péssima gestão? Esse governo está bom pra alguém?

Nosso povo nunca pagou uma gasolina tão cara, nunca viu as contas do supermercado tão altas, as ruas tão cheias de pessoas em situação de rua, famílias se virando para morar e se alimentar diante do desemprego e da falta de renda. A quantidade de trabalhadores informais nos sinais vendendo balas, paçocas e água cresceu bastante, já que há de se fazer alguma coisa para ter renda.

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SUS e a educação respiram sob aparelhos

O SUS e a educação respiram sob aparelhos ao passo que a Emenda Constitucional do Teto de Gastos do governo sabota a nossa saúde e nossa educação, negando aos brasileiros serviços públicos de qualidade. A inflação está grande, o aluguel há anos não sofria reajustes tão altos como estamos vivenciando. A lista segue, e é longa.

Como reeleger um governo que, além disso tudo, não preza pela democracia, pelo respeito, pela vida? No desespero, as alternativas golpistas aparecem.

Nesse cenário, quem vai defender nossa democracia? Vamos esperar o STF, TSE ou nossos procuradores agirem? Essa é a melhor conduta?

Na verdade, para um governo que sequer respeita as instituições, nossa pior escolha é observar e aguardar as movimentações desses atores institucionais.

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As iniciativas golpistas têm espaço pra avançar na medida em que há aceitação popular. Diante de tantos abusos, o que nos cabe é a ação, a mobilização, pois a retaguarda da nossa frágil democracia é a mobilização popular.

Esse ano promete bastante efervescência, polarização, e é somente essa efervescência popular que garantirá a manutenção das instituições democráticas. E que poderá estabelecer um freio às desastrosas iniciativas do governo Bolsonaro de atentar contra a Constituição Federal e as instituições como forma de tentar driblar o seu fracasso, e se manter, ainda que ilegitimamente, presidente. Vamos à luta!

Edição: Elis Almeida