Rio Grande do Sul

MEIO AMBIENTE

Mina Guaíba: Águas para o pão e não para o carvão é tema de debate neste sábado (30)

Em fevereiro deste ano a Justiça Federal declarou nulo o processo de licenciamento, mas projeto ainda ronda o estado

Brasil de Fato | Porto Alegre |
O projeto da Mina Guaíba previa a instalação de uma mina de carvão de 5 mil hectares, a céu aberto, entre as cidades de Eldorado do Sul e Charqueadas, no RS
O projeto da Mina Guaíba previa a instalação de uma mina de carvão de 5 mil hectares, a céu aberto, entre as cidades de Eldorado do Sul e Charqueadas, no RS - Foto: Maia Rubim / Sul 21

O Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), Acesso Cidadania e Direitos Humanos e a Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo (CDHPF) realizam, neste sábado (31), a partir das 9h30, o debate Mina Guaíba: Águas para o pão e não para o carvão. O evento a ser realizado de forma virtual pela plataforma Zoom terá como debatedores a médica geneticista Lavinia Faccini e o geólogo Rualdo Menegat. 

O projeto da Mina Guaíba previa a instalação de uma mina de carvão de 5 mil hectares, a céu aberto, entre as cidades de Eldorado do Sul e Charqueadas, a cerca de 16 quilômetros de Porto Alegre. O processo estava suspenso na Justiça desde fevereiro de 2020, até que os estudos ambientais levassem em consideração a presença das comunidades indígenas no entorno. Em outubro de 2021, a Copelmi teve negado um recurso em que pedia a exclusão da comunidade indígena do processo.

Em 8 de fevereiro deste ano, Justiça Federal declarou nulo o processo de licenciamento do projeto. A decisão foi publicada pela juíza Clarides Rahmeir, da 9ª Vara Federal de Porto Alegre, que acatou a ação civil que pedia a suspensão do empreendimento por conta da exclusão da comunidade indígena que vive no seu entorno, no município de Charqueadas, do Estudo de Impactos Ambientais (EIA/Rima).

Conforme destacam os organizadores do debate, a controversa iniciativa ronda o Rio Grande do Sul, por ser o maior projeto de extração de carvão mineral a céu aberto do Brasil. “O debate é relevante porque o Estado detém grande parte da reserva desse minério do país e está atrelado a um intento mais amplo, a construção de um Polo Carboquímico. Devido aos inúmeros impactos ambientais, socioeconômicos e climáticos desta atividade extrativista, entidades se reuniram para expor as contradições do projeto, durante seu licenciamento ambiental”, destacam os organizadores.

Para participar do debate, faça sua inscrição aqui neste link


 Foto: Divulgação

Sobre os convidados: 

Lavinia Faccini é médica geneticista, professora do Departamento de Genética e Biologia Molecular da UFRGS e do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular (UFRGS).
 
Rualdo Menegat é professor do Instituto de Geociências da UFRGS, geólogo, doutor em Ecologia de Paisagem. Atua em pesquisas de vários países da América Latina e sua pesquisa sobre a construção intencional de Machu Picchu no Peru, sobre falhas geológicas obteve repercussões internacionais significativas.


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Edição: Marcelo Ferreira