Minas Gerais

PERSEGUIÇÃO

Em Betim (MG), servidores públicos denunciam assédio moral

Presidente do Ipremb, acusado pelos trabalhadores, foi indicado ao cargo pelo prefeito Vittorio Medioli

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
Imagem - Ricardo Barbosa

Servidores públicos de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, afirmam que são vítimas de assédio moral e de perseguição no Instituto de Previdência Social do município (Ipremb).

A denúncia foi feita em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na quarta-feira (3). Segundo os trabalhadores, os problemas começaram após a nomeação do atual presidente do órgão.

Bruno Ferreira Cypriano foi nomeado para comandar o Ipremb em 2019. A indicação do advogado foi feita pelo prefeito de Betim, Vittorio Medioli (PSD). Atualmente, ele também exerce o cargo de Procurador-geral do Município.

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Com as mudanças na gestão do instituto, os servidores relatam que o trabalho ficou prejudicado e que, diante desse cenário, procuraram os órgãos competentes para tentar resolver a situação. Porém, segundo os relatos, a presidência do Ipremb respondeu com assédio e perseguição.

Uma das servidoras contou que teve dois pedidos de férias indeferidos sem justificativa e que, num momento de adoecimento, a gestão do Ipremb ignorou um atestado médico e descontou mais de R$ 1 mil de seu salário.

Outros problemas

Durante a audiência, também foram relatados outros problemas na condução do Ipremb. Segundo eles, o instituto tem priorizado a contratação de serviços terceirizados, em detrimento da realização de concursos públicos.

Na avaliação dos servidores, a falta de experiência dos trabalhadores contratados tem gerado impactos negativos no serviço prestado pelo instituto.

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Medidas

Na reunião, as deputadas estaduais Andréia de Jesus e Beatriz Cerqueira, ambas do Partido dos Trabalhadores (PT), solicitaram a apuração das denúncias de assédio moral e cobraram da prefeitura de Betim a valorização dos serviços e dos servidores públicos.

O outro lado

Representando o Ipremb na audiência, a assessora jurídica do instituto Carolina de Souza Antunes concordou com a necessidade de apuração das denúncias. Porém, enfatizou que a postura da presidência do órgão não foge à legalidade.

Edição: Larissa Costa