Minas Gerais

VIOLÊNCIA

Dom Walmor se solidariza com dom Vicente, bispo mineiro vítima de ameaça à mão armada

Episódio aconteceu em Moeda, no fim de semana, e teria sido causado por bolsonaristas

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
Reprodução - Instagram

Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, divulgou uma nota de solidariedade a dom Vicente de Paula Ferreira. No sábado (12), após uma missa na Paróquia São Caetano, na cidade de Moeda (MG), dom Vicente recebeu ameaças de um grupo e de um homem armado.

A nota lamenta que o bispo tenha sido “vítima da intolerância, da falta de um senso mínimo para a convivialidade, do desrespeito covarde, colocando vidas – dom sagrado – em risco”. Dom Walmor classifica isso como “sintomas graves de uma sociedade adoecida”.

Segundo o arcebispo, providências judiciais já estão sendo adotadas para que a hostilidade cometida contra dom Vicente não permaneça impune.

:: Receba notícias de Minas Gerais no seu Whatsapp. Clique aqui ::

“Em uma sociedade livre, democrática, a divergência de opiniões não pode justificar atitudes beligerantes, descompromissadas com a fraternidade. O Evangelho ensina que todos, independentemente de suas convicções, somos irmãos uns dos outros, filhos e filhas de Deus”, conclui.

Ofensas e ameaça

A Comissão Especial de Ecologia Integral e Mineração (Ceem) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da qual dom Vicente é secretário geral, informou que o bispo sofreu ameaça de morte por parte de um grupo de pessoas identificadas com o presidente da República, Jair Bolsonaro.

“O grupo gritava aos berros ‘fora bispo’ e ‘lá fora vai ser diferente’, chegando aos ouvidos do motorista e segurança que se encontravam ao fundo da quadra poliesportiva – onde a celebração ocorria”, descreve a nota.

:: Leia mais notícias do Brasil de Fato MG. Clique aqui ::

Dom Vicente é bispo auxilar da Arquidiocese de Belo Horizonte e tem sido crítico ao governo do presidente de Bolsonaro. Além disso, tem atuado na defesa dos atingidos e atingidas pelo rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho.

Edição: Larissa Costa