Governo desrespeita a vontade popular
Não é de se surpreender que um governo que negou a ciência, negligenciou a pandemia, minimizou as quase 700 mil mortes de covid-19, desrespeitou as instituições e atacou nosso sistema eleitoral, assuma agora uma postura de desrespeitar o governo de transição e a vontade popular.
Apesar de todas as crises que Bolsonaro passou, entre as várias alas de seu governo, seja militar, familiar ou ideológica, um ponto sempre foi consenso entre eles: as privatizações.
Na ideia de negar o Estado, desmontar as instituições e entregar nossas estatais e serviços públicos para a iniciativa privada, Bolsonaro e seu posto Ipiranga colocaram tudo no balcão de venda.
Não importa se irá prejudicar a população ou até mesmo colocar o Brasil em risco; se o mercado quiser, Bolsonaro privatiza. Foi assim com a Eletrobrás, com refinarias da Petrobrás, com o projeto de privatização dos Correios, entre outras empresas que são essenciais para a população brasileira.
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Tendo essa característica tão marcante em seu governo, as eleições acabaram sendo também um plebiscito popular sobre a importância das estatais e dos serviços públicos. Os dois principais candidatos defenderam visões antagônicas sobre as privatizações.
O projeto econômico apresentado por Bolsonaro aprofundava as privatizações e a redução de serviços públicos para a população, enquanto o projeto defendido pelo Lula, presidente eleito, apontava para as estatais como pilares para a retomada da economia, a geração de emprego e a garantia de acesso da população a serviços essenciais.
A população decidiu pela defesa das estatais
Infelizmente, Bolsonaro não respeita a vontade das urnas. Não somente se calando ou mesmo flertando com as manifestações antidemocráticas, mas também insistindo em prolongar um projeto privatista já derrotado nas urnas.
Em Minas Gerais, o cenário se agrava, encontrando no governador Zema um grande parceiro na venda de tudo a preço de banana.
Assim Bolsonaro tenta finalizar a privatização da CeasaMinas e do metrô de Belo Horizonte. Ambas empresas essenciais para a população estão com leilões marcados para o dia 22 de dezembro, menos de 10 dias para encerrar o governo.
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É um desrespeito com a equipe de transição que, representando o governo eleito, já solicitou a interrupção das privatizações. É um desrespeito ainda maior com a vontade popular que deixou sua vontade clara nas urnas: Bolsonaro sai, metrô de BH e CeasaMinas ficam!
Edição: Larissa Costa