Minas Gerais

PROTEÇÃO

No aniversário de BH, capital inaugura primeira casa de acolhimento à população LGBTQIA+

Espaço, localizado no bairro Floresta, foi inaugurado pela prefeitura nesta segunda (12)

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
Pedro Gontijo - Jornalistas Livres

Com o objetivo de evitar que pessoas LGBTQIA+, vítimas de violência, tenham como única opção as ruas, Belo Horizonte inaugura a sua primeira 
casa de acolhimento ao público. O espaço abriu suas portas na manhã desta segunda-feira (12), data em que a capital mineira completa seus 125 anos. 

Localizada no bairro Floresta, na rua Brasópolis, número 172, na região Leste da cidade, a casa terá capacidade de receber 20 pessoas LGBTQIA+, que poderão permanecer no espaço por um período de até seis meses. 

Devido ao preconceito e à falta de informação, lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros, são cotidianamente violentadas. 

Em muitos casos, pessoas LGBTQIA+ precisam lidar com o ódio e com a rejeição à sua orientação sexual e de gênero até mesmo em sua própria casa. Desamparados, muitos acabam tendo como destino as ruas. 

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“Grande parte da população LGBTQIAPN+ sofre as primeiras violências graves no lugar que deveria oferecer proteção, acolhimento e amor: a família. Nossa população frequentemente é expulsa de casa, sendo obrigada a viver nas ruas, passando pelas agruras que essa realidade apresenta”, explica Maicon Chaves, presidente do Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (Cellos/MG).

Para o ativista, a iniciativa da Prefeitura de Belo Horizonte é fundamental, uma vez que, ser acolhido no abrigo pode ser a única opção de vida digna de parcela da população LGBTQIA+ do município.

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Após o período na casa, para que os acolhidos consigam se reorganizar, Maicon acredita que o atendimento precisa estar organizado em rede e articulado com os demais serviços públicos.

“É importante que a casa esteja em diálogo estreito com os serviços de saúde, de assistência, de segurança pública, da educação para garantir a integralidade do atendimento e dimensionar as nossas demandas”, defende o ativista.

 

 

Edição: Larissa Costa