Minas Gerais

JUSTIÇA

Membros de instituições públicas de MG serão investigados por participação em atos golpistas

Demissão é uma das punições previstas. Denúncias estão sendo acolhidas nos canais de ouvidoria dos órgãos

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
Vidros estilhaçados e obras de arte desmanteladas são algumas das cenas de horror criadas pelos bolsonaristas - Pedro França/Agência Senado

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está recolhendo denúncias de servidores, estudantes e demais pessoas vinculadas à instituição que tenham participado dos atos golpistas do último domingo (8), em Brasília. As denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo e-mail [email protected] 

De acordo com a universidade, no caso dos servidores, será instaurado um processo administrativo para apuração do fato. Caso seja comprovada a participação, os servidores poderão sofrer sanções, como demissão por lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional. Já os demais membros, serão investigados pelo Ministério da Justiça.

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Nesta terça-feira (10), a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) exonerou o funcionário comissionado e servidor público Valério Cypriano Gomes de Oliveira. A suspeita é que Valério estaria envolvido nos atos em Brasília. No entanto, a PBH não confirmou a informação. Em nota, a prefeitura informou apenas que o funcionário foi exonerado e está sendo investigado pela Controladoria Geral do município. 

A PBH informou também que denúncias de servidores que participaram dos atos golpistas devem ser feitas pelo canal 156 ou neste link.

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Juiz, que passou por cima de decisão do STF, também é punido

Na segunda (9), o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Luis Felipe Salomão decretou o afastamento cautelar do juiz Wauner Batista Machado, da 3° Vara de Fazenda Pública de Belo Horizonte. Wauner autorizou um empresário a armar uma barraca na avenida Raja Gabaglia, mesmo após o ministro Alexandre de Moraes ter decretado a proibição da interdição da vida. 

Na decisão, o ministro pediu urgência na avaliação do caso de Wauner. “É possível concluir que sua atividade jurisdicional tem sido deturpada pela tentativa de impor seus propósitos e simpatias por determinado grupo organizado que vem – em atuação crescente – praticando atos que configuram verdadeiro ataque ao regime democraticamente estabelecido. Não se trata de atividade jurisdicional, mas de atuação que claramente ofende aos ditames constitucionais e aos deveres inerentes ao exercício da magistratura”, afirmou.

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Deputada celebra desfecho das investigações

Autora de um requerimento que solicitou ao Ministério Público e à Polícia Civil de Minas Gerais a investigação da participação de mineiros nos atos golpistas, a deputada Andréia de Jesus (PT) celebra os rumos que a situação tem tomado.

“Além do nosso mandato, o próprio Partido dos Trabalhadores (PT), e também o Socialismo e Liberdade (PSOL), além de outros parlamentares, endossaram o pedido e já vemos resultados com a exoneração desses servidores. É uma vitória muito importante”, comemora.

Edição: Larissa Costa