Distrito Federal

Identidade

1ª Mostra Show Brasília Nasceu leva a história dos pioneiros da capital ao Cine Brasília

Hoje (9), a partir das 19h30, com entrada franca, serão exibidas obras que resgatam a memória coletiva do DF

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
"Cidade Livre", do diretor Fabricio Cezar, conta a história de Bernardo, que se mistura à história do Núcleo Bandeirante - Divulgação

O Cine Brasília recebe nesta quarta-feira (9), às 19h30, a 1ª Mostra Show Brasília Nasceu, com a exibição de filmes produzidos no Núcleo Bandeirante, valorizando a identidade social e memória coletiva do Distrito Federal. A entrada é gratuita. 

Para homenagear os Pioneiros, pessoas que vieram de todos os cantos do Brasil para a construção de Brasília, a programação conta com uma apresentação dos atores Lino Ribeiro e Paula Passos, além da exibição do curta “Cidade Livre” de Fabricio Cezar, com tradução em libras. O filme “A História do Núcleo Bandeirante”, de Maria Coeli, também está com presença confirmada na tela do Cine Brasília. 

A obra conta a história da Cidade Livre, onde atualmente são localizados o Núcleo Bandeirante, a Candangolândia e o Museu Vivo da Memória Candanga, desmistificando a velha discussão sobre onde Brasília nasceu. 

Homenagem aos Pioneiros 

Segundo Lino Ribeiro, ator que participou do curta “Cidade Livre", a homenagem aos Pioneiros que será realizada na Mostra é fundamental.

“Infelizmente o hábito da leitura foi deixado para trás. Teatro, quem tem condições de ir ou pagar? Acessibilidade então? Temos que não deixar morrer com eles a história, como Mestre me preocupo com as gerações futuras, não tem como não valorizar um homem como o Sr. João Cândido que junto com Padre Roque lutou pela fixação da Cidade Livre, como não valorizar o Chiquinho do Beirute, Seu Enildo da Pizzaria Dom Bosco, Seu Miguel primeiro ourives do DF, seu Lourivaldo fundador da primeira banca de jornal da cidade e muitas outras mulheres”, afirma o artista. 

A Mostra começa com a exibição, às 19h30, de um documentário produzido a partir da história de 20 pioneiros, dentre eles João Cândido, uma das primeiras pessoas que chegaram à Brasília; Portela, dono de muitos comércios no Núcleo Bandeirante; Seu Omar, que foi alfaiata de Juscelino Kubitschek; além dos administradores regionais do Núcleo Bandeirante, da Candangolândia e de Park Way.

“O documentário foi um pedido da própria comunidade, porque quando nós rodamos o curta “Cidade Livre” no bandeirante, na época das filmagens, a comunidade nos apoiou demais e todos eles queriam participar. Mas como o filme não era um documentário, era uma ficção, a gente não pode incluir várias pessoas. No anseio da comunidade e depois de muito esforço, conseguimos propor esse grande evento, esse novo documentário. E aí sim, fomos atrás de todas aquelas pessoas que tinham algo a dizer. E estamos colocando esses pioneiros lá na tela do cinema com todas as honra que eles merecem. Contando a história da cidade-mãe, a história de Brasília, onde tudo nasceu”, explica o diretor Fabricio Cezar. 

Segundo ele, o verdadeiro legado histórico cultural de Brasília, hoje, não são os monumentos nem os pontos turísticos, mas os pioneiros. “São essas pessoas que carregam a história de Brasília desde o nascimento”, afirma.

Essas pessoas estão envelhecendo e não têm sua história devidamente registrada. Foi dessa lacuna de registro histórico que surgiu a ideia do curta “Cidade Livre” e, depois, do documentário produzido com os próprios pioneiros. 

“Os pioneiros são fundamentais para a construção, a valorização e a promoção da nossa memória coletiva como cidade, valorizando a nossa própria história e a construção da nossa identidade social. Os pioneiros são quem podem legitimar toda essa história que aconteceu. Precisamos registrar essas histórias, precisamos resgatar essas histórias e precisamos promovê-las. Porque quanto mais pessoas souberem e incorporarem essa história linda que nós temos como brasilienses, como candangos, mais vamos conseguir evoluir, promover e incrementar nossa memória coletiva, como povo, como sociedade”, evidencia Fabricio Cezar.

:: Clique aqui para receber notícias do Brasil de Fato DF no seu Whatsapp ::

Edição: Flávia Quirino