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Crônica | Fugaz ou fullgás

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Capa do disco Fullgás, de Marina Lima, 1984 - Foto: Reprodução
Só a alegria para derrotar os pessimistas que dão seta para a direita

Nunca foi intenção ser cronista fugaz ou fullgás. Entretanto, às vezes, me dá na cuca fazer música, letra e dança, como diz a música.

As pessoas são ávidas pela vida alheia: o que o outro come? Tá com quem? Onde trabalha? Tá triste ou alegre? Quanto ganha? As pessoas que não se expõem na sociedade do espetáculo são caçadas pelo voyeurismo dos incautos de plantão.

Como diz a música, nada de mau nos alcança.

Pode ser, né? A gente podia fazer um país? E a cidade tem braços abertos num cartão postal e punhos fechados da vida real?

Nunca fui ao Clube da Fina Flor da Burguesia, mas estou disposto a apostar que seus bailes são regados a vinhos que ventam ao sul. Ser fugaz ou fullgás? Tanto faz, né?

Queixo-me às rosas, mas que bobagem!

As rosas não falam. A vida é curta para ver. Só a alegria para derrotar os pessimistas que dão seta para a direita.

Rubinho Giaquinto é covereador pela Coletiva em Belo Horizonte.

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Este é um artigo de opinião e a visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal

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Edição: Larissa Costa