Minas Gerais

MEMÓRIA

Contra o fascismo, vereadores de BH se unem em ato pela democracia nesta sexta (31)

Manifestação acontece na Câmara Municipal. Antes, ato no antigo DOPs relembra militantes contra a ditadura

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |

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“Vamos juntar todas as forças democráticas da cidade. Todo mundo que tenha a disposição de se unificar contra a extrema-direita", convidou o vereador Bruno Pedralva - Foto: Cláudio Rabelo / CMBH

Mesmo que a eleição presidencial tenha dado uma derrota à extrema-direita no Brasil, é preciso continuar a mobilização a favor das instituições democráticas. Com esse lema, nove vereadores e vereadoras de Belo Horizonte lançam nesta sexta-feira (31) a Frente Parlamentar em Defesa da Democracia, com um ato a partir das 18h30 no plenário Amynthas de Barros da Câmara Municipal.

A data foi escolhida para marcar posição contra as forças políticas que, em 1964, apoiaram o golpe militar, que deu origem à ditadura que durou 21 anos. Hoje, a extrema-direita, o militarismo e setores empresariais apoiam novamente uma política fascista, representada pelo bolsonarismo.

O vereador Bruno Pedralva (PT), um dos integrantes da frente, convida os movimentos populares, sindicais, das igrejas e da cultura a comparecerem. “Vamos juntar todas as forças democráticas da cidade. Todo mundo que tenha a disposição de se unificar contra a extrema-direita. Por isso, tem uma grande importância política”, explica.

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Além de Pedralva, integram a Frente Parlamentar em Defesa da Democracia os vereadores Bruno Miranda (PDT), Cida Falabella (PSOL), Dr. Célio Frois (PSC), Helinho da Farmácia (PSD), Gilson Guimarães (Rede), Iza Lourença (PSOL), Miltinho CGE (PDT), Pedro Patrus (PT) e Wagner Ferreira (PDT).

Ato no antigo Dops

Antes, às 16h30, acontece uma manifestação em frente ao antigo Departamento de Ordem e Política Social (Dops) de Belo Horizonte. O local foi um dos principais locais de tortura em Minas Gerais. O protesto, que acontece há anos, chama a atenção para os milhares de cidadãos e cidadãs que enfrentaram a ditadura e lutaram pela democracia, mas não têm sua história reconhecida. Além disso, nem mesmo os torturadores foram punidos.

O imóvel do antigo Dops, que fica na Avenida Afonso Pena, 2351, região central de Belo Horizonte, é tombado como patrimônio histórico desde 2013. A intenção é que ele se transforme no Memorial dos Direitos Humanos Casa da Liberdade, abrigando o acervo documental produzido pelas agências de repressão, com espaços para eventos culturais e seminários. Porém, sua data de inauguração nunca foi definida.

Edição: Larissa Costa