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Crônica | Pros coco

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"Negócio desses meninos é ficar com essa porcaria de celular o dintirim. Fica com esse trem na mão, nem come direito" - Foto: Reprodução/ Freepik
Esses meninos de hoje qué nada com a dureza não

O Brasil é maravilhoso por várias coisas e razões. Temos um povo que faz sua correria diária. Um povo alegre que tem suas contradições. Dia desses, encontrei uma dessas figuras maravilhosas por aí. A prosa foi boa demais, minha cara leitora e meu caro leitor:

- Tudo bão cocê?

- Tudo. Itu?

- Tô bão não, sô.

- Por quê?

- Pedi à peste do menino pra me ajudar aqui e fez tudo pros coco.

- Sério?

- Esses meninos de hoje qué nada com a dureza não. Tudo preguiçoso. No tempo do onça, o povo era tudo correria. Negócio desses meninos é ficar com essa porcaria de celular o dintirim. Fica com esse trem na mão, nem come direito. Fui raiá com ele, ainda ficou resmungando e quebrou o pau na oreia.

- Rsrsrsrsrsrs...

- Ri não, sô! Esse povo de hoje faz tudo pros coco. Tão precisando de uma enxada. Esse trem de computador acabou com esses meninos de hoje.

- Braço procê!

- Vê se traz aquele toucim de barriga pra gente fazer, belê?

- Belê!

 

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Rubinho Giaquinto é músico, escritor e militante do coletivo Solidariedade Cidadã

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Edição: Elis Almeida