Há várias opções para “nomear” o governo de Romeu Zema
Os nomes podem ser vários, mas a certeza é única: o governo Zema tem por objetivo maior vender todo o estado de Minas Gerais. “Privatização” é a palavra-chave da gestão. E, para o funcionalismo público, o tratamento é o pior que poderia se esperar.
Os trabalhadores da Segurança Pública clamam por reajuste de 35% nos salários. A sinalização de greve assusta, mas é justa. O pessoal da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) luta pela derrubada de resolução que tira direitos da categoria. Os demais servidores administrativos, também, clamam por reajustes.
Afinal, se Zema pôde aumentar seu salário em 298%, com aval dos deputados da base governista, por que não valorizar quem realmente faz alguma coisa por Minas?
A resposta é simples. Porque, na visão do Chefe do Poder Executivo, quem deve ser beneficiado são os empresários da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e seu amigo dono de locadoras de veículos, Salim Mattar.
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Para este último, a Assembleia Legislativa (ALMG) aprovou projeto de lei do governo que isenta estas empresas do Imposto Sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) quando venderem seus veículos e, ainda, perdoa parte das dívidas tributárias. Mattar, dono da Localiza, agradece. Assim como deve ter ficado grato de poder participar de reuniões como consultor do governo e ter acesso a informações privilegiadas, sem ser nomeado.
Copasa, rodovias, serras... tudo a venda
Aos empresários mineiros, uma vasta gama de opções de “produtos à venda”. A Companhia de Saneamento (Copasa), segundo o Secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Fernando Passalio, será privatizada ainda em 2023. O projeto já está a caminho da ALMG.
As rodovias também são outra opção de privatização. Destaca-se, aqui, a BR 356, para a qual há um projeto de Zema de realizar uma “concessão” a empresa privada que instalará quatro pedágios do condomínio Alphaville a Ponte Nova. Somados, o valor chega a R$ 44! Nota-se que estamos falando de uma BR. Ou seja, uma rodovia de responsabilidade do governo federal. É Zema vendendo até o que “não é dele”.
Está também a leilão um terreno de quase 10 hectares dentro de uma Área de Preservação Ambiental (APA) repleta de cachoeiras, represas e animais silvestres, na serra de São José, que emoldura a cidade de Tiradentes, na região do Campo das Vertentes.
Zema quer privatizar a luz, o gás, a água… Quem acredita que empresários vão cuidar dos pobres? Esta responsabilidade deveria ser de quem se elegeu às custas de mentiras contadas ao povo. Aquele que jurou na campanha que não era um “político” e que, agora, se mostra um ser humano desprezível.
Nos manteremos firmes na luta e juntos para servir aos que mais sofrem com esse governo de mentiras.
Leleco Pimentel é deputado estadual e Padre João é deputado federal, ambos são do PT MG e constroem o projeto Juntos para Servir
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Leia outros artigos de Leleco Pimentel e Padre João em sua coluna Juntos para Servir no Brasil de Fato MG
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Este é um artigo de opinião. A visão dos autores não necessariamente expressa a linha editorial do jornal
Edição: Elis Almeida