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Crônica | Colê que é, da fita?

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A língua portuguesa em seu estágio informal pode chegar a infinitas variações - Foto: Freepik
Hoje tô só no veneno. Tô bão, não!

A nossa língua portuguesa/brasileira é fantástica. E no cotidiano parece outra língua. Saca só essa resenha do cotidiano das quebradas brasileiras:

- Pai, hoje não tá bom, firmeza!

- Tô nem azul, oreia seca! Arreda pra lá, véi!

- Que moleque folgado, meu!

- Ah, neein! Puta cara chato!

- Colê que é, da fita?

- Tô com cara de adesivo?

- Puta moleque, mó folga du caramba.

- Qual é a bagaça? Chegô aí e só ficô resmungando. Qual é o desenrosco, moscão?

- Hoje tô só no veneno. Tô bão, não!

- Cê fica aí com essas ideias tortas que o bololô vai começar.

- Vai, viu! Se eu te grudar geral, o bicho vai pegar, mano!

- Coitadocê, irmão! Aqui quem manda é nóis! Fica pagando geral de gatão aí. Mó nutella du caramba.

- Vou sair vazado.

- Melhor cê sair quebrando aí pra baixo. Hoje tô meio encasquetado, brother.

- Então fica assim, mané!

- Firmeza, então.

 

Rubinho Giaquinto é músico, escritor e militante do Coletivo Solidariedade Cidadã.

 

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Leia outras Crônicas de Rubinho Giaquinto em sua coluna no Brasil de Fato MG!

 

Edição: Elis Almeida