Minas Gerais

Coluna

Nosso recomeço: juventude universitária em ação!

"Os rondonistas terminam o ano agradecidos pela oportunidade de contribuir com o crescimento humano, com o desenvolvimento cultural, político e social das populações da periferia" - Foto: Divulgação
Resultados do projeto impactaram nos direitos humanos e na formação política de comunidades em BH

Mais um encerramento para um recomeço. O balanço das ações da juventude brasileira atuante no Projeto Rondon Minas não poderia ser mais positivo. Os resultados do projeto impactaram nos direitos humanos e na formação política de comunidades em Belo Horizonte, da região metropolitana e do interior do estado. Impactaram, ainda, a formação dos estudantes que tiveram a oportunidade de imergir na realidade de vulnerabilidade social e no potencial de saberes advindos dos grupos sociais com que atuamos em 2023.

Foram encontros de trocas de saberes entre a universidade e a sociedade. Foram aprendizados que jamais serão esquecidos pelos participantes: estudantes, idosos, professores, crianças, adolescentes, lideranças comunitárias, mulheres, servidores públicos e quilombolas.

Participamos de lutas com resultados, com desafios inacabados e com fracassos. E em todas elas aprendemos como deve ser a prática da extensão universitária.

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Os rondonistas terminam o ano agradecidos pela oportunidade de contribuir com o crescimento humano, com o desenvolvimento cultural, político e social das populações da periferia, da zona rural e dos territórios.

A chegada dos festejos da passagem de ano são um incentivo à renovação de nosso pacto por uma sociedade mais justa e mais fraterna.

Nossos agradecimentos a todos os parceiros que se juntaram a nossa missão de levar o conhecimento científico para servir às comunidades mais vulneráveis e mais excluídas.

Resultado da força coletiva

Não esqueceremos o contato com  a força dos líderes da Comissão Nascentes Imperiais, em Contagem, e sua luta contra os impactos do Rodoanel; a parceria assertiva com a Coordenadoria de Inclusão e Mobilização Sociais do Ministério Público de MG, que nos permitiu o encontro com os profissionais catadores que salvam o nosso meio ambiente; a acolhida dos municípios de Carmo da Cachoeira, Almenara, Bom Jesus do Amparo, Paracatu, Raposos, Contagem e Rio Acima, que não mediram esforços para receber as equipes do Projeto Rondon Minas e que acreditaram no poder da informação para melhorarem a qualidade de vida de suas populações.

Nunca esqueceremos o encontro com a realidade das bibliotecas comunitárias que são verdadeiros equipamentos de referência e educação da comunidade e de formação para a juventude: Biblioteca Livro Aberto, Biblioteca Corrente do Bem, Biblioteca Borrachalioteca e Biblioteca Padre Olavo.

E nossa gratidão aos parceiros Indec – BDMG, ABESC MG, Emater Minas, Corecon Acadêmico, Ascar/Raposos, Universidade Salgado de Oliveira – Universo BH, Jornal Brasil de Fato MG, ao vereador Wagner Ferreira (PDT) e aos deputados estaduais Lohanna França (PV) e Ricardo Campos (PT), pela recepção e consideração por nossos pedidos de apoio.

Próximos passos

Em 2024, haverá muitos desafios pela frente. Que os nossos princípios de formação humana, defesa intransigente de direitos sociais e diálogo para a construção de um mundo novo sejam o nosso maior propósito. E que possamos contar com o apoio dos novos amigos que fizemos pelo caminho.

Terminamos o mês de dezembro preparando mais uma viagem de férias, com mais de 40 rondonistas envolvidos no planejamento para execução do programa Lixo e Cidadania nas cidades de Setubinha e Almenara. Desde já, desejamos sucesso aos universitários e coordenadores que estarão em campo entre os dias 8 e 19 de janeiro de 2024. Estudantes representantes da UFMG, PUC Minas, Universo, Faminas, Faculdade Arnaldo e Unifal contribuirão com as políticas públicas locais e, ao mesmo tempo, aprenderão sobre a realidade dos municípios.

Tchau, 2023! Fomos felizes, mas 2024 vai ser muito melhor. Vamos juntos, rondonistas. Vamos em frente, juventude brasileira universitária. Temos muito a fazer por esse país.

 

Monica Abranches é pós-doutoranda do Promestre FAE/UFMG e coordenadora do Projeto Rondon Minas, e Vanessa Michaelsen Lago é advogada e coordenadora do Projeto Rondon Minas.

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Este é um artigo de opinião. A visão dos autores não necessariamente expressa a linha editorial do jornal.

Edição: Lucas Wilker