Rio Grande do Sul

SAÚDE

Rio Grande do Sul inicia a campanha de vacinação contra a gripe

Primeira fase será para grupo prioritário: idosos, crianças, gestantes, puérperas, quilombolas, indígenas, entre outros

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Campanha nacional de vacinação vai até 31 de maio e quer vacinar pelo menos 90% da população dos grupos prioritários - Foto: Cristine Rochol/PMPA

Começa nesta segunda-feira (25) a campanha nacional de vacinação contra a gripe no Rio Grande do Sul. Disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina é destina ao público prioritário nesta primeira fase, como crianças, idosos, pessoas com cobormidades, gestantes, trabalhadores da saúde (confira todos os grupos prioritários no final desta matéria).

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A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informa que há um aumento nas internações por infecção pelo vírus influenza em 2024, com quase oito vezes mais casos que no mesmo período do ano passado. O que reforça ainda mais o alerta da importância da imunização para enfrentar o avanço da doença.

Para frear a disseminação do vírus, a estratégia de vacinação foi antecipada neste ano. Em 2023 a campanha nacional começou em 10 de abril, enquanto em 2022 foi aberta em 4 de abril. Por isso, a orientação da SES para os municípios foi para começarem a aplicação das doses, logo que recebessem os lotes.

Algumas cidades já iniciaram a vacinação na última semana, quando foi distribuído o primeiro lote de 480 mil doses. Novos lotes serão recebidos do Ministério da Saúde e distribuídos pela SES aos municípios durante o andamento da campanha, contemplando cerca de cinco milhões de doses para o atendimento à população prioritária.

A campanha nacional segue até 31 de maio e o dia D da Vacinação está programado para 13 de abril. O Ministério da Saúde espera vacinar 90% de cada um dos grupos prioritários. A vacina é trivalente e garante proteção contra os vírus da Influenza A H3N1 e H3N2 e Influenza B.

Hospitalizações em 2024

Síndromes gripais, como a do vírus influenza, quando levam a hospitalizações são chamadas de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Enquanto em 2023, nas mesmas 10 primeiras semanas do ano, ocorreram 17 registros desse tipo causados pela gripe, neste ano foram 135 casos. Da mesma forma, houve um incremento de óbitos. Foram dois durante o ano passado, e até agora, em 2024, sete já confirmados.

De acordo com Letícia Martins, técnica do Núcleo de Doenças Respiratórias do (Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), esse cenário epidemiológico foi determinante para decisão em antecipar a campanha de vacinação contra influenza em 2024. “É fundamental atingirmos a cobertura vacinal de 90% da população dos grupos prioritários, para reduzir essa tendência de aumento de hospitalizações e óbitos pela gripe”, frisa.

Lista de grupos prioritários que já podem receber a vacina:

  • Crianças menores de seis anos de idade e a partir de seis meses de vida e, no caso de crianças indígenas ou com comorbidades, dos seis meses aos nove anos;

  • Trabalhadores da área da saúde em atividade na assistência, na vigilância e no apoio, além de cuidadores, doulas/parteiras e estudantes que prestam atendimento em serviços de saúde;

  • Gestantes;

  • Puérperas;

  • Professores de todos os níveis;

  • Povos indígenas;

  • Populações quilombolas;

  • Idosos com 60 anos ou mais;

  • Pessoas em situação de rua;

  • Profissionais das forças de segurança e salvamento;

  • Profissionais das forças armadas;

  • Pessoas com doenças crônicas e não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, independentemente da idade;

  • Caminhoneiros;

  • Trabalhadores do transporte coletivo rodoviário;

  • Trabalhadores portuários.



Edição: Marcelo Ferreira