Minas Gerais

DITADURA NUNCA MAIS

Avenida de BH homenageará jornalista perseguido durante o regime militar

Antes 31 de Março, via próxima à PUC Minas passará a chamar Edgar da Mata Machado

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
Foto - - Reprodução

Ao lado da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais, a avenida 31 de Março, no bairro Dom Cabral, passará a se chamar Edgar da Mata Machado, em homenagem ao jornalista e político mineiro perseguido durante o regime militar. A alteração, prevista na Lei nº 11.697,  foi promulgada na terça-feira (4). 

Fruto de um projeto de lei do vereador de Belo Horizonte Pedro Patrus (PT), a iniciativa faz parte de um conjunto de medidas para retirar das vias da capital mineira menções ao período da ditadura militar e aos seus defensores. 31 de março era uma referência à data na qual, em 1964, o batalhão de Juiz de Fora, município da região da Zona da Mata, marchou até o Rio de Janeiro, com objetivo de efetivar o golpe civil e militar. 

Quem foi Edgar da Mata Machado?

Nascido em 1913, em Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, Edgar da Mata Machado foi uma importante figura da história política brasileira. Entre as décadas de 1930 e 1980, foi uma voz ativa na defesa dos direitos humanos, da liberdade e da garantia do Estado Democrático de Direito. 

Jornalista e filósofo, ele também foi professor de Direito da PUC Minas e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Edgar também trabalhou em jornais e em periódicos da Arquidiocese de Belo Horizonte. 

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Foi deputado estadual entre 1951 e 1955. Após o golpe militar, quando já era deputado federal, foi cassado e perdeu sua cadeira no Congresso Nacional, em razão do Ato Institucional nº 5 (AI-5). Edgar era uma das vozes mais atuantes na oposição ao regime.

Em 1990, tomou posse como senador suplente de Itamar Franco. Faleceu em Belo Horizonte, no dia 9 de setembro de 1993, aos 80 anos.


 

Edição: Leonardo Fernandes