Minas Gerais

LUTA

Professores da UEMG paralisam atividades contra a política de Zema para educação

Categoria protesta contra não cumprimento de Acordo e tentativa de aprovação do Regime de Recuperação Fiscal

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
Ainda nesta terça (8), os docentes realizam um protesto na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) - Foto: Reprodução

Docentes da Universidade do Estado Minas Gerais (UEMG) paralisam suas atividades nesta terça-feira (8). O motivo da paralisação, deliberada em assembleia geral extraordinária convocada pela Associação dos Docentes da UEMG (ADUEMG), é o não cumprimento do Acordo de Greve, por parte do governo estadual.

Firmado em 2016 junto aos sindicatos de docentes da UEMG e da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), o Acordo garante reposição das perdas inflacionárias acumuladas, novo plano de carreira e incorporação das gratificações, dentre outros pontos.

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Porém, o vice-presidente da ADUEMG, Cássio Diniz, afirma que o governo estadual se recusa a cumprir o Acordo de Greve.

“Em 11 de fevereiro a ADUEMG e a Adunimontes finalmente conseguiram se reunir com a secretária Luísa Barreto (SEPLAG). Mas o que ouvimos foi a posição do governo de que não cumpriria o Acordo de Greve, alegando os limites orçamentários da Lei de Responsabilidade Fiscal. Isso nos indignou, pois observamos a desvalorização do trabalho docente nas universidades estaduais”, declarou o docente.

A categoria também rechaça a tentativa, por parte do governo Zema, de aprovar o Regime de Recuperação Fiscal em Minas Gerais. Dentre os possíveis impactos da aprovação da medida estão a não realização de concursos públicos, o congelamento de salários, a venda de estatais, a proibição de investimentos nas áreas sociais e o aumento das alíquotas de contribuição previdenciária dos servidores.

Na avaliação de Cássio, a medida impactaria negativamente na vida dos profissionais. “Comprometerá nossas carreiras e os serviços de cunho social”, enfatiza.

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Ainda nesta terça (8), os docentes realizam um protesto na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A mobilização será conjunta a outras categorias do serviço público, dentre elas os trabalhadores em educação da rede estadual.

Em nota, a ADUEMG afirmou ainda que o reajuste de 10,06% ao funcionalismo público, anunciado por Zema, é estratégia do governo para conter as mobilizações.

“Diante do aumento da mobilização de diversas categorias do serviço público estadual e tentando contê-la, o governo Zema anunciou o reajuste de 10,06% para todas as carreiras, além do incremento da ajuda de custo de R$ 47 para R$ 50. Contudo, os sindicatos denunciam que o governo não negociou com nenhum representante sindical para definir esse índice, que está abaixo das reivindicações das categorias”, diz o documento.

Edição: Elis Almeida