Minas Gerais

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Programa de Kalil cita saúde 96 vezes. Zema tem apenas quatro propostas para a área

Zema e Kalil divulgaram suas plataformas de governo com ações prioritárias para uma possível gestão do estado

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |

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Foto direita: Rodrigo Clemente - Foto esquerda: Gil Leonardi/Imprensa MG

Os resultados da última pesquisa eleitoral, divulgada pelo DataFolha, na quinta-feira (18), mostram que Romeu Zema (Novo) e Alexandre Kalil (PSD) seguem à frente na corrida ao governo de Minas Gerais. A menos de 50 dias das eleições, o eleitorado busca conhecer quais são as respostas dos dois candidatos a questões como a melhora do sistema de saúde, educação, a gestão das empresas estatais, entre outras.

Zema e Kalil divulgaram suas plataformas de governo, documentos que sistematizam eixos e ações prioritárias a serem desenvolvidas numa possível gestão do estado. Enquanto o último é apoiado por Lula (PT), que lidera a disputa pela presidência, o primeiro é alinhado ideológica e economicamente a Jair Bolsonaro (PL) e recebe o apoio de seu correligionário, Felipe D'Ávila (Novo).

A localização do ex-prefeito de Belo Horizonte e do candidato à reeleição em campos políticos opostos, em relação à disputa nacional, se materializa também em um conjunto de diferenças programáticas entre os candidatos.

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Para se ter uma ideia, ao fazer uma simples busca do termo “saúde” nos dois documentos é possível identificar que o tema é abordado no plano de Kalil 96 vezes e apenas 21 no de Zema. Porém, ao buscarmos pelo termo “desestatização” ele só é encontrado na plataforma do candidato do Novo.

Saúde

No tema da saúde os dois candidatos também possuem diferenças. Alexandre Kalil enfatiza a necessidade do fortalecimento da rede regionalizada da saúde e a articulação estadual dos municípios para o aprimoramento da rede de Atenção Primária à Saúde (APS).

O ex-prefeito de BH ainda critica a condução do governo estadual no combate à pandemia da covid-19. Segundo ele, a política do governo Zema foi ignorar as orientações científicas e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Durante os momentos severos e críticos de enfrentamento à pandemia de covid-19, a atuação do Governo do Estado conflitou-se com as melhores diretrizes, práticas e evidências internacionais. Foi evidente a falta de protagonismo do Estado na condução e articulação no período mais acentuado de crise sanitária”, afirma.

Entre as propostas de Zema para a área, estão a finalização da construção de Hospitais Regionais, que o governo não conseguiu entregar antes do final do mandato, e ampliação dos serviços de diagnóstico.

Na avaliação de Kalil, o estado de Minas precisa considerar o conceito ampliado de saúde, que a compreende como “direito indissociável ao direito à vida”.

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“O direito à saúde não se restringe apenas a ser atendido em um hospital ou em unidades básicas. Embora o acesso a serviços tenha relevância, como direito fundamental, o direito à saúde implica garantia ampla de qualidade de vida, em associação a outros direitos básicos, como educação, saneamento básico, atividades culturais e segurança”, afirma o documento do ex-prefeito da capital mineira.

Leia os documentos

Outros temas como segurança alimentar, proteção social e combate à violência contra mulheres, negros e negras e pessoas LGBTI+ aparecerem com destaque no programa do ex-prefeito de BH e de forma pontual na plataforma de Zema.

Já no programa do candidato à reeleição, temas como a segurança jurídica para as decisões, a garantia de liberdade e propriedade e otimização de recursos são desenvolvidos.

Leia o plano de governo de Kalil neste link e o de Zema aqui.

Edição: Elis Almeida