Minas Gerais

AUDIOVISUAL

“Marte Um”, filme mineiro premiado internacionalmente, estreia em BH na quinta-feira (25)

O longa-metragem retrata o cotidiano de uma família negra e periférica, cujo filho caçula sonha ser astrofísico

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
Divulgação - Marte Um

“Marte Um” é um longa-metragem, que narra a história de uma família negra, pouco após as eleições presidenciais de 2018. No filme, o caçula da família Deivid, sonha em ser astrofísico e colonizar Marte. O longa teve sua estreia mundial no Festival de Sundance, em janeiro do ano passado, e chega a Belo Horizonte na quinta (25).

Além da capital mineira, “Marte Um” também estreia hoje (25) em Contagem, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Palmas, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Rio Branco, Goiânia, Salvador, Vitória, Aracaju, João Pessoa, Manaus, Niterói, Afogados da Ingazeira, Balneário Camboriú e Ribeirão Preto.

O filme foi produzido pela “Filmes de Plástico”, produtora de audiovisual mineira, e coproduzido pelo Canal Brasil. No Brasil, foi lançado pela Embaúba Filmes e conta com a direção e roteiro de Gabriel Martins.

O longa irá disputar uma vaga para representar o país no Oscar, na categoria Melhor Filme em Língua Estrangeira.

Narrativa

“Marte Um”, retrata o cotidiano de uma família periférica, no final de 2018, pouco após as eleições presidenciais. O filho mais novo da família, interpretado por Cícero Lucas, sonha em ser astrofísico e participar de uma missão que, em 2030, irá colonizar o planeta vermelho. Todavia, por residir na periferia, seus pais não acreditam na possibilidade deste sonho se concretizar.

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O pai, Wellington, protagonizado por Carlos Francisco, (que atuou também no filme Bacurau) é porteiro em um prédio de elite. Já Tércia, interpretada pela atriz Rejane Faria (da série "Segunda Chamada") é a matriarca que, depois de um incidente envolvendo uma pegadinha de televisão, acredita que está sofrendo de uma maldição. Por fim, a filha mais velha é Eunice (Camilla Damião), que planeja se mudar para morar com a namorada, mas receia a atitude dos pais.

Segundo organizadores, o filme foi produzido de 2015 a 2018, um período de muitas mudanças abruptas nos campos social e político do país. Desse modo, detalhes sobre a conjuntura são retratados no longa-metragem, questões sobre raça, gênero, classe, entre outros, embalam as narrativas desse drama nacional, que vem sendo elogiado pela crítica.

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 "É um filme vívido, com atuações brilhantes [...] aumentando o escopo de representação da cultura preta brasileira", comenta Jonathan Romney, na ScreenDaily.

Onde assistir

O filme será exibido no Cineart Contagem e no Cinema Belas Artes. Hoje (25), às 20h, haverá uma exibição com o diretor e o elenco do filme, no Cine Belas Artes, na Rua Gonçalves Dias, 1581, no Lourdes.

Edição: Ana Carolina Vasconcelos