Minas Gerais

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Zema calcula que, com 40 ou mais deputados, poderá aprovar medidas contra o serviço público

Privatizações e retirada de direitos dos servidores são prioridades do governador reeleito

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |

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Dirceu Aurélio - Imprensa MG

Reeleito em primeiro turno para o governo de Minas, Romeu Zema (Novo) comemorou a nova composição da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Em coletiva de imprensa após a apuração dos votos, ele disse que espera uma base aliada maior.

“Vamos ter uma base muito diferente de quatro anos atrás, quando fui eleito com três deputados estaduais. Tudo indica que teremos 40 deputados ou até um número maior, o que vai fazer com que várias reformas sejam agora analisadas e votadas”, prevê.

Agora, o governador avalia que terá melhores condições para negociar com partidos mais próximos ideologicamente, como o Partido Liberal (PL), de Bolsonaro e do ex-deputado Valdemar Costa Neto. Outras siglas que podem negociar participação na base aliada são: Podemos, PP, PSC, Republicanos e União Brasil.

Nos últimos meses, Zema tem atacado o atual presidente da Casa, Agostinho Patrus (PV), acusando-o de impedir que os projetos do governo avancem. Agostinho, que se destacou recentemente por dialogar com a oposição e com os servidores públicos, candidatou-se a uma vaga como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e já recebeu parecer favorável de 70 dos 77 deputados.

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Uma das principais metas do governo para o início do próximo mandato é eleger uma mesa diretora favorável na Assembleia Legislativa, a fim de avançar em pautas que não foram aprovadas na atual legislatura.

“Temos o exemplo do Regime de Recuperação Fiscal. Se a adesão a esse regime ocorrer, as nossas estatais poderão ser privatizadas, como a Cemig, Copasa e Codemig, fazendo com que a população pague tarifas mais altas com qualidade mais baixa. Além disso, a proposta prevê redução dos investimentos públicos, o que diminuir o atendimento nos postos de saúde, nas escolas”, exemplifica Eduardo Couto, presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado de Minas Gerais (Serjusmig).

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Por outro lado, a bancada que tem votado a favor dos servidores na Assembleia teve um leve crescimento nessas eleições. O PT passa de dez para 12 deputados, enquanto o PSOL e o PCdoB conquistaram uma vaga, cada. Estima-se que o bloco progressista de oposição deva ter cerca de 20 deputados.

Edição: Larissa Costa